sábado, julho 29, 2006
A Fantasia de um Sonho
Até onde me levará a fantasia
Que sinto neste momento em que sonho
Com o olho aberto e desperto à vida
Procurando no que vê alguma magia?
Numa esplanada sentado e enfadado
Observo o mar e nele o seu encanto
Escondido aos olhos do que o rodeia.
Quase que oiço o canto de uma sereia...
A fantasia dá-nos esta alegria
Esquecida e inocente de criança.
Eu não a esqueci, ainda a sinto!
Este mundo tenta oprimi-la
Mas em vão, pois eu não perdi a esperança
De um sonho e da sua magia.
Memórias Distintas
Sinto em mim doces recordações
Que de um recanto escondido se soltam
Trazendo-me todas aquelas emoções
Passadas e presentes, juntas em união.
Recordo o Mar como algo que sempre tive,
Como alguém que abraçou este corpo,
Cantou para mim e docemente sorriu-me,
Mostrando-me como o mundo era absurdo...
Recordo-me agora de uma flor;
Uma flor que se multiplica em outras tantas
Numa imensidão de luz e de cor,
Libertando em meu redor doces fragrâncias...
Julgado esquecido, eis que surge o vento!
Não se encontra enfurecido, é dócil;
Corre suave e constante como o tempo
Apesar de gostar que o julguem hostil...
Por fim, o ardente fogo fugitivo
Que nos corações gosta de se manter escondido,
Ardendo e iluminando a cruel escuridão.
Sempre foste dono do mundo e da paixão...
São sorrisos mágicos e lágrimas perdidas
Que fazem de tudo um momento só nosso,
De secretas e escondidas memórias divinas,
Tornando-se apenas uma questão de posse.
Quem me dera poder partir num pequeno barco,
Levando tudo o que no coração guardo
Até uma ilha mágica para que, no fim,
Pudesse sonhar num mundo só para mim...
Não me chamem egoísta por este desejo,
Peço-o apenas por já me sentir cansado
De algo que nunca se sentiu perfeito,
Mostrando-se cada vez mais desastrado...
segunda-feira, julho 24, 2006
domingo, julho 23, 2006
Insónia sem Sentido Hoje é mais uma daquelas noites Em que os olhos insistem em não serrar, Talvez por um pouco de stress nocturno, É o que o cinzeiro me está a mostrar! Dou voltas nesta cama vazia E mesmo assim permaneço no desassossego Que já me traz esta gélida agonia Que sinto na garganta e no estômago. Contei os segundos, os minutos e até as horas De algo que apenas existe na memória, Mas acho que esta noite quer fazer-se longa; Acho que conseguiu alcançar a vitória... E de quem será a culpa se não minha? Se estou vivo a viver a minha vida Sou eu que a controlo, ou não... Viver é mesmo assim, uma aventura, uma perdição! O amor tem destas coisas, Tem um carácter ambíguo: Ou nos dá infinitas alegrias Ou muitas noites mal dormidas Acaba por ser uma droga viciante, Por muito que neguemos, queremos sempre mais. Não sabemos nem podemos viver na sua ausência É como que uma cruel dependência. Mas aqui continuo, estupidamente só, A escrever versos sem sentido, Sedento de um sono perdido, Queixando-me de todo o amor do mundo... |
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