O Morder das Palavras
Mordi o lábio!
Agora as palavras sabem a sangue
e os fantasmas gritam
e eu fecho a janela
e os braços cruzam-se.
Mas o silêncio também fere;
antes o amargar do sangue,
quente nos lábios,
quente na pele:
a fluir lentamente.
E o corpo que repouse,
que eu me consuma sonolento,
que me extinga,
que não mais exista,
sem carne a oprimir.
Então lembro que mordi o lábio
a serrar as palavras assustadas,
algumas sombrias, odiosas,
outras cobertas de nada,
mas não me lembro porquê…
porque a dormir
os sonhos respiram vida.
1 comentário:
Adorei e adoro Vampire Knight!
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