Era eu a fome contida no seu silêncio
Sem palavras a quem deixar o desespero;
Era eu por dentro:
Uma espécie de (des)construção maciça,
Sobreposta ideia (in)constante;
O segredar de um desejo próprio
De quem se desconhece mais que do mundo.
Era tantas coisas, e coisa nenhuma,
Um espelho embaciado e um corpo molhado
No seu sal, na aridez rochosa de qualquer falésia.
Era vertigem num céu de lua branca!
(Des)faço-me na penumbra das manhãs
E não me vejo senão em recatado caminho;
Escondo-me do fogo que respiro
Da (in)consciência de que existir é um gargalhada…
E eu que detesto circos e palhaços.
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