domingo, novembro 14, 2010


Sou das manhãs escondidas
Num véu de saudade consentida,
Essa cor esvoaçante
Onde nada se vê, sente-se apenas.

É nas margens de um rio urbanizado
Que me faço vento nas nuvens
Como velas que mudam um mundo
À descoberta de sentido humano:

Não se encontra se não se vê
Não mais que cinza
Não mais que Cânticos de pedra
Dissolvidos em espuma branca…

E se me quiser ver, mais do que sentir
Ser-me-ei Sol de Outono,
Essa luz quente com folhas douradas;
Talvez um cliché, talvez viver.

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