segunda-feira, agosto 01, 2011



Esqueço (por vezes?) o silêncio
Assim como das palavras que não digo
Porque a liberdade se for ferida
É consciência consentida
E não mais que certa razão
De não esquecer ser humano.

Perguntei-me,
Pelas palavras nunca ouvidas
Ou mesmo escritas.

Ousara o vento nas folhas secas
Do sol, de um dia, de uma vida
Desenhar dourados versos
Pelos quais me perguntei.

Perguntei-me,
Pelos gestos nunca feitos
Ou mesmo ditos.

Rebentava a espumar-se na rocha árida
Toda feita de ironia
Disfarçada melancolia
Pela qual me perguntei.

Perguntei-me sem me perguntar;
Por tanto que esqueci
O silêncio de mim.

(Num momento)
Era a liberdade de respirar como sopra o vento
Dançar como as folhas douradas
Ser das vagas o eterno regresso!

E no fim não restavam perguntas
Ou mesmo fáceis respostas
Sobrei-me sóbrio de simplicidade
Embriagado de sonhos e vontades;
Dentro de mim, respondi-me,
Sem me chegar a perguntar…

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