domingo, agosto 20, 2006
Frias Noites de Agosto
Hoje é mais uma das noites de Agosto
Em que o calor se extingue à sua fraqueza
E deixa que o corpo gele na indiferença
De ser de alguém a seu bom gosto.
Só e perdido na noite, deixa-se levar
E navega pelo céu estrelado de fantasia
Soprando as velas com tristeza e agonia.
Já não se preocupa se, um dia, não voltar...
Sente-se um corpo vazio com uma alma nua,
Nua de sonhos, esperança e força de guerreiro.
Agora só lhe apetece chorar quando, no travesseiro,
A cabeça cai pesada por ser tão dura.
De quem é a culpa se, na verdade,
Não pediu para existir ou mesmo nascer,
Não desejou que o tempo o visse crescer?
Nem o destino culpa pela sua crueldade!
Agora que rodeado de um pouco do Mundo,
Ouvindo vozes perdidas na dimensão,
Continua a sentir o vazio da solidão
Levando-o cada vez mais para o fundo.
Quando fechar os olhos para dormir
Já lhe irão esperar os medos sinistros
Que entrarão, mesmo não sendo bem vindos,
E atormentarão a luz soltando mudos gemidos...
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2 comentários:
Bem adorei o poema a sério, novamente, parabéns, continua a escrever assim ;)
Bom fim de semana
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