
Vou libertar a minha alma
Deste corpo que a aprisiona;
Soltá-la ao vento rebelde
Para que dance com ele
Numa noite de lua cheia!
E ela dançou, toda a noite,
Tocando nas folhas mortas,
Perdidas, algures, na memória…
Podia ser um momento único,
Eterno – fugitivo do tempo!
Mas não foi… Regressou,
Sendo aprisionada no despertar
Do corpo de vida passiva.
Esperou… nada … o silêncio…
A esperança perdida num
Leve e amargurado suspiro.
A noite por fim chegou
Mas a minha alma permaneceu
Imóvel e fria, decidida a ficar;
O medo da dor do regresso
Apagou a chama da liberdade…