Murmúrios Silenciosos
Vendado caminho em passos hesitantes.
Erro pelas sombras da cidade submersa
onde cheiro a saudade em cada pedra
em que vou tropeçando.
Aqui não há guias nem avisos
nem um braço forte ou uma voz.
Silêncio! – já sinto o odor da morte
a rastejar na calçada ensanguentada.
Não me suspirem o triste fado,
almas condenadas,
não me segredem as desventuras
como punhais enterrados na carne.
A boca sabe-me a veneno.
Vai engrossando a saliva até que sequem os lábios.
E depois? – mais nada.
A noite, o mar revoltoso e a lua que se esconde.
2 comentários:
Um poema muito "dark", quero-te mais animado amigo:)
Abraços
Até esse se queixa! LOL!!!
Este poema também está muito bom - e acho que deves investir na tua prosa.
Abraço.
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