quarta-feira, março 18, 2009


Palavras de sangue

E se as palavras fossem meu sangue,
Quantas poderia derramar
Até meu corpo exausto secar?
Quantas?

Fervem sedentas de liberdade:
Segura-as o tempo com curta rédia
Cingindo à castidade severa.
Fervem!

Derramadas sobre um jardim de lírios
Vejo-os secar antes de adormecer
E de brancura apagada vêem-me morrer
Silenciosos…

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