Lágrima de Papel
Quero rasgar esta lágrima de papel
Mancha que se expande
Que se entranha neste que a devora;
Esponja seca parece
Dilatando - tímida parece.
Respira fundo - uma flor que se abre
Nas mãos que tremem convictas…
Sente o toque áspero na língua
E sorve mais um pouco
De olhos fechados para não se ver:
Quase que saliva gulosa!
Quero não ver, talvez esconder
Como corpo morto que na terra cresce
Ser parte dela - voz sem palavras
Ou rasgá-la na mente que dorme
Inquieta sem saber.