terça-feira, abril 28, 2009



Lágrima de Papel

Quero rasgar esta lágrima de papel
Mancha que se expande
Que se entranha neste que a devora;
Esponja seca parece
Dilatando - tímida parece.

Respira fundo - uma flor que se abre
Nas mãos que tremem convictas…

Sente o toque áspero na língua
E sorve mais um pouco
De olhos fechados para não se ver:
Quase que saliva gulosa!

Quero não ver, talvez esconder
Como corpo morto que na terra cresce
Ser parte dela - voz sem palavras
Ou rasgá-la na mente que dorme
Inquieta sem saber.

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