Ao longo do tempo a vida sofre alterações inesperadas. Tanto se tem tudo como, de um momento para o outro, perde-se aquilo que com tanto custo se ganhou.
Vou ser sincero comigo próprio e admitir que por vezes ajo sem pensar e digo coisas de que me arrependo, mas por outro lado sei que não sou o único culpado. Se agi de forma precipitada foi porque me levaram a tal, se disse algo que não devia foi porque alguém me fez perder a cabeça.
Esta vida é tão inserta que dá vontade, por vezes, de acabar com tudo.
Algo faz com que eu pense que o melhor será desistir daquilo por que tenho lutado, desistir dos sonhos que tanto quero ver realizados. Será que é a única opção? Tento procurar o apoio que desejo, em todas as fontes que posso, mas chego à conclusão que perto de mim poucas tenho. Serei eu o único culpado de toda esta má sorte? Sinceramente não sei.
O tempo corre contra mim, tenho decisões a tomar e este altera-se para que eu falhe. Estou como se entre a espada e a parede. Sei que me vou dar mal, seja qual for o caminho que opte.
Gostava de poder explicar o que se passa comigo. Sinto das emoções à face da pele, emoções essas que se libertam sem qualquer tipo de aviso. Sozinho, no silêncio pergunto-me «porque choras Bruno?» «o que é que se passa contigo?» - silêncio - não obtenho qualquer resposta.
Talvez esteja a passar por uma fase e pode ser que tudo mude para melhor. Como gostava de poder acreditar nestas palavras que me soam à minha própria ironia.
Sempre fui assim, o sonho, a harmonia, a desgraça e o prazer. Sempre tive uma perspectiva diferente, porque é que a vida muda sempre para pior quando tudo parece estar bem?