quinta-feira, dezembro 15, 2005


Amore Amare est

Amor é dar e receber;
Aprender-mos a conhecer.
É corpo e alma unidos num!
Amor que a todos é comum...

É sentir no vento a essência!
De uma flor, a sua inocência.
Sentir a dor que nos consome;
É a perdição de quem sofre.

Amar é viver e morrer...
É ganhar e depois perder,
Sentir a paz e o conflito.

Viver a sua independência
Ou ditar a nossa sentença.
Amar é o nosso destino... Posted by Picasa

domingo, dezembro 11, 2005

Amor Perdido

Naquela noite, que jamais esquecerei
Como um encontro casual nos descobrimos.
Soltámos todos os nossos medos - sorrimos!
Ainda me lembro de como te beijei...

Lado a lado caminhámos, como um só ser;
Contámos estrelas, desejámos amor
Para que fosse eterno e jamais vice a dor.
Contigo aprendi outras formas de viver...

A lua testemunhou todas as memórias,
Que no coração trago muito bem guardadas,
Tal como agora testemunha as minhas lágrimas.

A vida é injusta e não vive só de glórias...
Hoje é o dia em que tudo com que eu sonhei
Se desvanecerá a meus olhos de ninguém. Posted by Picasa

quarta-feira, novembro 30, 2005


Rosa

Por todos os caminhos que segui
Onde a tormenta se manifestara
Um roseiral maltratado assim vi,
Onde uma pequena rosa sobrara.

Sozinha, por entre os cruéis espinhos,
Aceitou as noites negras e gélidas.
Mantendo a força sem outros caminhos,
Lutou, manteve as pétalas, ingénuas...

Durante a noite encheu-se de luar
Deixando a chuva por si só correr.
Como se pôde assim sacrificar?

Amanha pode até nem lá estar,
Pois na solidão deixa-se morrer
Deixando-nos apenas as memórias... Posted by Picasa

quinta-feira, novembro 17, 2005



Observando o divino mar
Sentem a brisa da sua essência
Nos seus cabelos tocar
Dois amantes, que na inocência,
Ousam beijar-se... Posted by Picasa

Lua

Ao fim de um longo dia exaustivo,
Em que o corpo reclama por descanso,
Contemplo a densa lua , pensativo,
Rendendo-me ao seu cativante encanto.

Ó Lua, tantas vezes me servis-te
De consolação para as minhas mágoas.
Quantas foram as vezes que secas-te,
De meus olhos, as incessantes lágrimas?

Foram tantas que a conta já perdi...
Nas noites gélidas, em que sentia
O vento cortante abraçar-se a mim,
Eras tu quem minha alma aquecia.

Graciosa, resplandecente, única...
Guardiã de meus sonhos inocentes.
Sentes no ar esta tranquila música?
Ouves? Estão a cantar de contentes!
Posted by Picasa

segunda-feira, novembro 14, 2005


Noite Amargurada

À beira-mar, sinto o vento soprar,
Transportando lamúrias do mar.
O sol, que lentamente se apaga,
Deixa-a entrar: a noite amargurada... Posted by Picasa

terça-feira, novembro 08, 2005


Amor Terno

Entreguei-me ao Amor de corpo e alma,
Procurando nele o conforto divino
Que meu espírito tanto ansiava.
Mas, será este um afável caminho?

Oh, que sobre mim caiem mil tormentos!
Não sou singular nesta fantasia...
Apenas os olhares desatentos
Não compreendem a minha agonia.

Tenho na minha pele os seus vestígios,
Nos meus lábios seu doce sabor,
Os olhos, esses vêem meus sacrifícios...

Ai, mas seu coração - não é só meu!
Bate também por um outro amor...
Mas o meu, esse, será sempre seu! Posted by Picasa

terça-feira, outubro 04, 2005


Essência do verbo amar

Como em tantas noites outras
Em que ao cansaço me rendo,
Entregando-me sem forças
A meu leito e sonhos lendo...

Parto por esses meus mundos;
Viajando na ilusão,
Fujo dos negros defuntos
Que prendem minha razão.

Oh! Essa pura beleza
Que só a mim delicia
Como esse teu doce olhar!

No coração – chama acesa
Que por mim assim ardia.
Essência do verbo amar... Posted by Picasa

terça-feira, setembro 13, 2005


Laços de Amor

Por noites escuras caminhei
Com a solidão no pensamento.
Em tantos mares eu naveguei
Deixando levar-me pelo vento.

Naquele dia a Lua fez-me ver
Que nas estrelas podia confiar;
Deu-me forças para assim crer
Que podia voltar a sonhar.

Fechei os olhos presenciando
O momento em que um anjo
Me fez sentir da luz o seu calor.

Assim nos seus quentes braços
Com o tempo crio os laços
Que deram origem a este amor. Posted by Picasa

segunda-feira, setembro 12, 2005


O Renascer de um Sorriso...

Perdi a conta das lágrimas
Que dos meus olhos fluíram,
Assim como todas as mágoas
Que os meus dias sentiram.

Não adianta esconder os erros
Que no passado cometemos.
Devemos sabiamente aprender
E com os mesmos saber viver.

Foi a dor que dos meus labios
Fez renascer tamanho sorriso
Que julgava à muito perdido!

Depois de tantas tormentas
Vejo nos meus escuros olhos
O brilho de novos sonhos!
Posted by Picasa

quarta-feira, agosto 03, 2005


No dia em que o Sol deixou de brilhar

No dia em que o Sol deixou de brilhar
Foi o caos que embateu na terra;
As pessoas deixaram de acreditar
E assim deu-se o início de uma nova era.

Nesse dia começou o reino das trevas,
Onde os sorrisos eram lágrimas
E os sonhos famintas feras.
O mundo encheu-se de mágoas...

O céu era sempre escuro,
Nem de estrelas havia sinal.
Só se ouvia o soluçar.

Já nada era seguro,
Apenas restara o mal
No dia em que o Sol deixou de brilhar... Posted by Picasa

terça-feira, agosto 02, 2005


A vida é um Jardim

A vida é como um jardim,
Não repleto só de flores.
Tem seus dias de tons sem fim
Como outros de algumas dores.

Temos primaveras e suas alegrias
Como verões secos e amargos,
Algumas quase morrem nas noites frias
Mas nem tudo são tristes fados.

A vida é como um jardim
Que precisa de cuidados,
Alguns bastante mimados.

A vida é um jardim
Que vai mudando com o tempo,
Mas à que estar sempre atento. Posted by Picasa

Fontes

Fontes de mil cores,
De alegrias e sintonias;
Dão consolo a tantas dores,
Sofrimentos e agonias.

São fontes majestosas,
Outras simples e humildes
Que acolhem mulheres desgostosas
E até jovens aprendizes.

São elas que refrescam
Os ambientes mais pesados
Em que gentes se manifestam.

Há tantas e diferentes,
De formas e feitios,
Assim como há de gentes. Posted by Picasa

Neste Mundo em que nasci

Nasci num mundo
Do qual não faço parte.
Não pela falta de arte,
Mas por ser apenas um vulto.

Não sou um vulto qualquer
Pois tenho cores de mil sonhos,
São os olhares de tantos outros
Que não me querem ver.

Que nada mais seja
Se não manias minhas
Num mundo de almas sozinhas.

Não me devo preocupar
E também não o farei
Pois eu mesmo sempre serei. Posted by Picasa

quinta-feira, julho 07, 2005

Peço desculpa aos leitores por aparecerem pequenos quadrados nas palavras. Isso deve-se a um erro do programa que uso, uma vez que este não reconhece letras pontuadas.

Noite oculta

Numa noite quente de Verão,
Numa praia nua,
Procuro no céu a razão
De uma realidade crua.

Estrelas que brilham no céu,
Que só por si é de luto,
Serei aqui um simples réu
Das forças do oculto?

Espero aqui encontrar,
Por entre ondas e marés,
Solução para as minhas tormentas.

Espero ninguém magoar,
Pois não quero o mundo a meus pés,
Quero apenas recuperar minhas crenças. Posted by Picasa

segunda-feira, junho 13, 2005


Alma Negra

Fechei os olhos,
Senti os meus medos,
Esqueci as alegrias,
Enfrentei os meus segredos.

Aterrorizas-te os meus sonhos,
Enfraqueces-te a minha aura,
Lan�aste-me em noites frias,
Gelas-te a minha alma.

Pe�o �s estrelas reluzentes
Que me devolvam a paz
E me levem destas mentes.

Entre os cora��es vazios
Ali a esperan�a jaze
Entre fantasmas sombrios...  Posted by Hello

domingo, junho 12, 2005

Tempestades de Ódio

Porque hei-de eu sonhar
Que algo vai mudar
Se alguém para as trevas
Me entrega com as feras...

Destino que com tua crueldade
Voltas a abrir as feridas
Cobrindo com ódio as alegrias,
Exibes-te com vaidade.

Com fortes tempestades,
No silêncio das verdades,
Fechas a razão.

Cobres o mundo com maldades
E jogando com falsidades
Escureces o coração...
Noite Negra

Noite que insistes em chegar
E contigo os meus pesadelos;
Já não há luz, não há luar
Que me salve dos meus medos...

Sinto que com o vento levas
Os meus confiados segredos
Entregando-me às feras
Sem dó nem sentimentos.

Como podes destruir
Toda uma vida a sorrir
Por uma triste vingança?

Como posso acreditar
Que o mundo vai mudar
Se só vejo gente falsa...

domingo, maio 08, 2005


É bem mais fácil criticar

Quantas vezes ao Mundo pedi
Que soubesse perdoar?
Tantas foram as vezes em que vi
Os que julgam errar.

Quem não sabe aceitar
A diferença que com eles vive
Vive para criticar
Quem do Mundo nada exige.

Todos cometemos erros
Mas poucos sabem perdoar!
É bem mais fácil criticar.

Todos nós somos diferentes
Mas poucos sabem aceitar!
É bem mais fácil criticar.
Posted by Hello

Este soneto escrevi-o a pedido da minha colega e amiga Cátia. Pediu-me para escrever um soneto onde a caracteriza-se, dedicado a ela.


Soneto a uma Amiga

Lá esta ela sorridente,
Sempre ansiosa e atenta
Com uma caminhada lenta
Mas de coração quente.

Diz ser Cátia Santos;
Sua santidade em pessoa
Faz soltar divinos cantos.
É um Anjo que não voa...

É força viva de juventude.
Ingénua por vezes
Mas nunca rude.

É alguém a quem as flores
Doam seus perfumes
Pintando-lhe a vida com mil cores. Posted by Hello

quinta-feira, abril 21, 2005


Viagem num Sonho

Viajo por entre campos e flores
Que espalham suavemente
Os seus leves aromas.
Uma paisagem pintada com mil cores.
A paz que no coração se sente,
Aquela calma presente em todo redor
É a pureza que os desgostos consome.
Ouvir dos pássaros aquela melodia
Que inocente já a sei de cor.
É destes momentos que meu espírito anseia
E quase morre de fome.

Apesar de tudo é algo
Que pode estar tão perto
E ao mesmo tempo tão longe...  Posted by Hello

Renascer

Sou uma sombra,
Um espírito;
Como uma perdida onda
Solto o meu surdo grito.

Não tenho o sol para me iluminar
Nem as estrelas para me guiar.

Sou aquele que não existe,
Perdido e reavido,
Cujo coração insiste
Em procurar-te...

Encontrei-te!
Diz que não me esqueces.

És um doce e gentil Anjo.
Vamos juntos voar,
Ver o mar e o luar,
Ouvir de toda a natureza o seu canto.

Já não sou uma alma nua,
Contigo existo. Posted by Hello

Teatro

Neste mundo divagamos sós
Sem certeza do destino,
No silêncio escutamos a voz
Do tempo incerto e sinistro.

Dizem que a luz surgirá,
Que nossos caminhos guiará.
Vivem na eterna escuridão,
Na ignorância como uma afirmação...

Ora como é com observar,
Esticar o dedo e apontar;
Sem olhar a meios e prejuízos
Erradamente ditam seus juízos.

Sós então percorremos
Os caminhos como outros tantos;
Desconhecendo as caras que vemos
Aguardamos o que vem por traz dos panos... Posted by Hello

quarta-feira, abril 06, 2005


Perdido numa noite desperta divago em meus pensamentos. Reflicto sobre os meus actos, as minhas escolhas, o caminho que tenho percorrido. Não posso dizer que vivi muito, pois ainda nem 18 anos passaram por mim. Mas sei de uma coisa, tudo aquilo por que passei pode ter-me marcado. Já tive momentos bons e maus, como toda a gente. Não me considero portanto diferente dos que me rodeiam, apenas diferente de alguns daqueles que se encontram na mesma faixa etária que eu. Não me valorizo ou gabo por isso, antes pelo contrário. Vivo isso com pesar de consciência por sentir que por ser como sou foi fruto de diversas consequências.
De momento acho que posso dizer que não me arrependo de nada do que tenha feito ou dito, embora no momento tivesse sentido alguma culpa ou remorso. Não adianta sentirmo-nos culpabilizados quando fazemos algo que achamos incorrecto. O que está feito já não pode ser alterado, apenas podemos aprender com os nossos erros e tentar não voltar a repeti-los.
Penso ter uma particularidade que me diferencia de tantos outros. Os meus sentidos não focam apenas um objectivo, mas sim vários. Posso dizer que gosto de tudo um pouco, em diferentes ramos. Tenho amigos que se diferenciam entre sim, uns mais que outros. Não me agrada um só tipo de música, mas sim toda ela em conjunto. Nas literaturas de tudo um pouco. Na vida.
Felizmente não sou o único assim, sei que muitos mais são como eu. Sei que tenho muitos defeitos, mas quem não os tem? Tudo o que sou faz parte de mim, da minha personalidade e não pode ser alterado. Posso dizer que sou feliz comigo mesmo, apesar de não ter uma vida perfeita: a família perfeita, os amigos perfeitos, os resultados perfeitos e até mesmo o amor perfeito. Ainda assim, penso que o facto de gostarmos das coisas faz delas perfeitas para nós. A designação do que é perfeito está dentro de nós.
Não sou ninguém neste mundo, sou o que sou e, de resto, mais ninguém tem nada a ver com isso.
Posso não ter vivido muito, posso ter cometido muitos erros, posso não ser perfeito, e posso ser fraco em muitas coisas, mas sou eu próprio e o pouco que sou faz de mim especial, como todos. Todos temos algo que nos torna especiais, mesmo que seja só para uma pessoa, ou para nós mesmos. Posted by Hello

quinta-feira, março 24, 2005


A Minha Identidade

Quem sou eu ao certo desconheço.
Sei que sou um simples mortal
Com sonhos e desejos como outro igual.
Possuidor de mágoas que não mereço
Caminho no inferno em que fui preso,
Vendo passar por meus olhos o sofrimento
Sentido por meu coração.
Como pode mudar assim o tempo?
Grito mas sei que em vão...
Peço aos Anjos que me dêem a sua força
Para com o amor vencer este pesadelo
E assim impedir que meu sonho morra... Posted by Hello

Noite Obscura

Noite escura que assombra um mundo
Cuja perfeição é inigualável e de amor puro;
Estilhaças os espelhos dos sonhos
Que reflectem a verdade da alma não vista pelos olhos.

Quebras-te todo o sonho de uma vida
Obscurecendo a vontade que nela estava contida;
O desejo de um dia vencer
Tornou-se no medo de perder!

Assombras o descanso inocente
Cobrindo tudo com teus pesadelos,
Dando vida aos secretos medos.

Só com o brilho da Lua
E a força dos anjos
Poderá extinguir-se esta guerra crua...
 Posted by Hello

Horror e Beleza

Água que corres neste mundo,
Que dás vida à Natureza,
Tens um dom que é profundo;
És o horror e a beleza...

Diz-me essência pura,
Porque corres nos meus olhos?
Sinto a dor que perdura
E desvanece os meus sonhos...

És o calor e o frio da minha alma:
Meu coração friamente adoeces;
Docemente acodes às minhas preces...

Nos céus crias para mim as nuvens
E na esperança lavas minhas lágrimas,
Devolvendo-me do passado minhas mágoas.  Posted by Hello