SER INDIVIDUAL
Somos seres vivos e vivemos para a sociedade. Condicionados pelo que esta nos impõe, algo que está para além das leis e dos deveres cívicos, perdemo-nos numa rotina de ser para os outros, na vulgaridade de sermos iguais.
Não quero ser como os outros, fazer o que eles fazem ou o que querem que eu faça. Sou eu, apenas, todos os dias. Hoje, amanhã, sempre. Nasci como indivíduo na sociedade e aprendi a viver na mesma, a conhecê-la, mas quanto mais sei maior vontade sinto em me afastar. Não quero fazer parte dos seus pressupostos do que é normal, do que fica bem, do que é comum. Nasci em sociedade mas sei que posso pensar como ser individual. Quero pensar livremente e defender as minhas ideologias sem que em mim interfira o cruel e a frieza do desdém e da diferença (não que a opinião dos outros me preocupe).
Pergunto-me qual a razão de ter que sorrir quando tal não faz parte das minhas vontades. Deixar um sorriso de hipocrisia colado no rosto porque fica bem, porque agrada a alguém... parece-me absurdo. O mesmo se aplica ao facto de seguir-mos a “Moda”. Porque terei eu de me vestir segundo o que um suposto entendido na matéria diz e, assim, ser igual aos seus fiéis seguidores? Já agora, o que é estar na “Moda”? Para mim moda é o que eu quiser, o que me apetecer vestir, comprar ou usar. Infelizmente chegamos ao ponto em que, se acreditarmos em ideais opostos aos estipulados e nos comportarmos de forma diferente da maioria, acabamos por ser chamados de aberrações (e não só).
Sinceramente, não quero saber! Ponham-me a etiqueta que quiserem. Sussurrem à vontade quando eu passar, sejam mesquinhos, hipócritas, falsos... estejam à vontade, só vos ficará mal. Para mim, o importante é ser sempre eu, mesmo que em demência, seguindo o socialmente incorrecto. Nada mais me importa, sou livre de pensar individualmente e de sonhar. Esta estranha forma de liberdade é minha, não me irão conseguir privar da mesma.