terça-feira, novembro 28, 2006

winter love song

Numa das minhas passagens pelo youtube encontrei este clip. É certo que não percebo chinês (sei que é chinês por causa dos caracteres da letra, são ligeiramente diferentes dos japoneses. Também se nota pela própria língua, a sonoridade), mas gostei tanto da música que resolvi partilhá-la. Vou ver se encontro a tradução, nem que seja em inglês. Num mundo em que as diferentes culturas estão tão perto de nós é sempre bom conhecer um pouco do que vai para além das nossas fronteiras. Reconheço que este tipo de música não se enquadra, talvez, nos padrões do que muitos dizem ser "boa música e de qualidade", mas eu gosto.

sábado, novembro 25, 2006

Kiwi!

O que me pareceu ser, inicialmente, um video com uma certa piada (um "pássaro" esquisito a pregar árvores num penhasco) deixou-me pensativo e um pouco angustiado (quando ele se atira). Desejei que as asas se desenvolvessem mais e que ele voásse... Até onde podemos ir para realizar os nossos sonhos? Será que é preciso, metafóricamente, arriscar ao ponto de nos atirar-mos de um penhasco sem sabermos se vai dar certo?
Posso estar a ser piegas, mas fiquei com pena desta pobre "ave"...

sexta-feira, novembro 24, 2006

A VOZ DA NATUREZA
- IV -
O Uivar do Vento Rebelde

Hoje despertou o Vento rebelde
Pois os seus murmúrios eram surdos
E para que o Homem o escutassem
Mostrou-nos a sua força arrasadora!

Acompanhado pelas lágrimas da natureza
Ousou um dia dar vida ao Homem
Que o respira sem um só agradecimento,
Ignorando a sua “ancestral” origem…

E se com calma e paz não é entendido
Porque não fazer uso da força
Para que o corpo sinta a sua presença,
Uma vez que o coração o desprezou?

Sou aquele que uiva nas janelas
E que um dia murmurou avisos,
Mas como estes não foram ouvidos
Não tenho outra escolha se não esta.

Libertam para os céus onde caminho
A negra força de toda a ignorância
De sujar a vida que respiram
Na (in)consciência de não mudar.

Quando irão ter tempo para me ouvir,
Já que nem assim me dão importância?
Pensam que é fechando as janelas
Que de mim ganham segurança?!

Mas se não escutarem os meus avisos
Um dia será tarde para lamentos e gritos
Pois o castigo que diariamente criam
Não será breve nem compreensivo.

Agora a escolha será vossa,
Guiem mais uma vez o destino.
Sei dificilmente irão mudar
Portanto só me resta esperar…

E com um uivo afastou-se
Continuando as investidas pela cidade,
Fazendo tremer as janelas e as árvores,
Sacudindo a vida com um sopro.

quinta-feira, novembro 16, 2006

A VOZ DA NATUREZA

- III -

A Morte da Árvore Velha

No centro de uma grande cidade,
Entre blocos cinzentos e modernos,
Um ponto verde fazia-se sentir
Apesar de marcado pela idade.

Ninguém sabia qual a razão
De ainda ali se encontrar
Uma árvore que apesar de velha
Persistia, insistindo em não mirrar!

Era a única testemunha temporal
De que o mundo fora, noutros dias,
Mais limpo, mais fresco, mais verde,
Com um ar mais fácil de respirar.

Um grande ruído dela se acercava
Pois debatia-se uma nova construção
E a velha árvore, pobre coitada,
Não passava de uma obstrução.

A sentença era certa, ela bem o sabia,
Mas mesmo sentido o ruído da morte
Não se amedrontou, já nada temia;
Limitou-se a pensar em si e no Homem:

Noutros tempos a terra era verde
Salpicada por pontos de cor;
Agora é triste, morta e cinzenta
Banhada de agonia, sofrimento e dor…

Vi as minhas irmãs de vida
Lentamente serem devastadas
Pois o Homem queria mais espaço
Para construir e fazer estradas.

Ó Homem assassino, que de ti sinto,
Não ódio, mas pena pela ignorância,
Pois pela loucura dessa tua ganância
Não é só a mim que arrancas a vida.

Como os teus olhos são cegos
E o teu coração duro e frio
Esperarei que num pequeno suspiro
Sintas o mal que a ti fazes...


E o ruído ensurdecedor cessou...
O último ponto verde tinha sido extinto.
Levem-na e cortem-na, dará um bom lume!
E, sem que palavra fosse dita, levaram-na…

segunda-feira, novembro 13, 2006

A VOZ DA NATUREZA

- II -

Queixumes de flores

Um pequeno murmúrio despertou!
Falavam entre si, indignadas,
Pois por muito que desejassem
Não eram de todo respeitadas:

Somos belas e formosas,
Com perfumes sem igual;
Porque razão estes Homens
Nos tratam assim tão mal?

Uns é certo que nos cuidam
Com bondade e delicadeza,
Conhecem-nos e adoram
Toda a nossa riqueza.

Já outros que nos cortam
Embrulhando-nos em arranjinho
Para que nos matem por agrado
De uma efémera paixão.

Ó Homem, porque não vez
Que mais belas somos na terra
Onde nascemos e crescemos
Vivendo sem prazo curto?


As suas palavras eram amargas
Contrariando os seus perfumes
Que se apagavam, lentamente,
Para dar voz aos seus queixumes

Mas o Homem não as ouviu,
Tinha pressa, tinha preguiça,
Tinha mais que fazer que ouvir
Tristes vozes de pequenas flores…

A VOZ DA NATUREZA
- I -
E se a Natureza falasse?
___________
Por vezes dou comigo a pensar
Em como seria este mundo
Se a Natureza pudesse articular
Palavras de um idioma comum.

Que diriam as árvores e as flores?
Que segredos contaria o Mar?
E o Vento, que iria ele sussurrar?
Tantas histórias iríamos ouvir…

Gostaria de saber o que ela sente
Quando a cobrimos de tons cinza
Numa atitude cruel e consumista
Sem olhar, porque não fala.

Ela chora, grita e manifesta-se
Mas sem voz igual à nossa;
Apesar de tudo mostra a sua dor
E ainda assim há quem a ignore!

E tudo porque a pobre não fala
Em língua que o Homem entenda,
Ou talvez fale, de outra maneira,
Mas o Homem não tem emenda…

Vou fechar os olhos e imaginar
Um tempo em que se faça ouvir
De forma clara e objectiva,
Como parte do nosso dia-a-dia…



Agradeço a todos os bloguer’s que participaram no meu inquérito sobre blogs. Dentro em breve poderão ver o resultado deste e de muitos outros trabalhos. Espero poder ter oportunidade para visitar alguns dos blogs dos voluntários que responderam. Infelizmente não disponho de tanto tempo quanto gostaria de ter; o liceu e o trabalho (mesmo que só aos fins de semana) ocupam-me grande parte do meu tempo e, como é obvio, também preciso de um pouco para a minha vida privada. Peço desculpa aos donos dos blogs que já tenho por habito visitar caso não consiga ser tão assíduo.

Mais uma vez agradeço a colaboração de todos, ajudaram-me, e muito, para poder realizar esta reportagem.

terça-feira, novembro 07, 2006

INQUÉRITO
Agradecia a todos os Bloguers que respondessem a este inquérito. Estou a fazer uma reportagem sobre blogs e bloguers para o jornal da escola (o qual poderei partilhar convosco em breve). Pedia-vos também, caso seja possível, que informassem outros bloguers sobre este questionário para que também possam responder.
Podem deixar as vossas respostas (identificando os números das perguntas e respectivas alíneas) com o formato de comentário ou enviarem-mas para brunofmoutinho@gmail.com
1. Há quanto tempo tem blog?

2. Qual o motivo que o/a levou a criar o blog?

3. Qual(quais) o(s) tema(s) abordado(s) no seu blog?

4. Com que frequência escreve no seu blog?
a) Todos ou quase todos os dias;
b) Três ou quatro vezes por semana;
c) Uma vez por semana;
d) Uma ou duas vezes por mês;
e) Menos de uma vez por mês.

5. Costuma ler outros blogs?

6. Idade:
a) 14/16
b) 17/20
c) 21/25
d) 26/35
e) 36/45
f) 46/55
g) 56/65
h) + 65

7. Qual a sua instrução escolar completa?
Muito obrigado pela colaboração.

segunda-feira, novembro 06, 2006


A Menina da Varanda

Numa tarde cinzenta
A caminho da trivialidade
Cruzei-me com a inocência
Algures, numa cidade!

Como por fantasia de sonho
Uma pequena menina
(Debruçada na varanda)
Soltava pequenos pedaços de papel

E eles voavam graciosamente
Nas asas do vento suave
Caindo no chão impuro, lentamente,
E espezinhados pela vida.

O tempo parecia ter parado
Para que todos sentissem,
Mas ao sentir-se ignorado
Avançou de novo, fugindo...

E a pequena menina deixou-se ficar
Sorrindo para ninguém
Pois ninguém a viu sorrir;
Ninguém viu a menina da varanda.

sábado, novembro 04, 2006



Quando não estás

Sinto falta de sentir
As tuas mãos no meu corpo
E de o sentir junto ao teu,
Não em contacto sexual,
Mas no respirar,
Em suspiros de amor...

Mesmo não te tendo hoje
Fisicamente presente,
A ti te entrego,
Por pensamentos,
A voz do coração
Que canta para ti;

E se o tempo mo permitir
Que sintas também,
Ao adormeceres distante,
Um beijo de toque de lua
Pois quando se ama
A magia não é fantasia...


Este poema surgiu-me quando enviei uma mensagem (primeira estrofe e verso 16) a alguém especial. A ti te entrego este poema, simples. Não é uma obra de arte pois os apaixonados não têm arte, são tolos ^_^

quinta-feira, novembro 02, 2006

Fotografia por Nuno Pimenta - «sem título»


Caminhando num jardim, num dia de chuva

Passeio num jardim de tempos esquecidos,
Onde caminharam os deuses antigos,
Em passos de vento, num débil pensamento
De ser e existir, algures, num momento.

E se o corpo caminha assente na terra
Já a alma plana, algures, sonhando discreta
E desatenta ao real, na simplicidade
Da fantasia, perdendo-se pela cidade.

A despedida, a saudade das cores vivas
E dos doces aromas de outros dias
Que agora a chuva lava em tons cinzentos,
Criando a ilusão de infelizes desalentos...