domingo, julho 29, 2007


Um Novo Dia

Tantas foram as noites
Que em pranto tentei esquecer;
Frias e sem lua,
Noites feitas para sofrer.
Soubesse eu escutar
Os murmúrios do vento fugitivo
Para a minha dor atenuar
E libertar-me das amarras impostas
Pela loucura do amor…

A noite é sempre longa,
Mas não eterna;
Surgem no horizonte,
Tão distantes, tão longínquos,
Pequenos raios de luz
Que atravessam
Lentamente
O mar negro
E trespassam a densa floresta,
Tingindo-os de vida.

Não, não era o sol.
Volto a fechar os olhos;
É a loucura que me engana os sentidos!
Outra ilusão feita de crueldade,
Mais um espinho de aço que me fere;
Esvaio-me em sonhos,
Sinto-os cair, dissolvidos em lágrimas,
Fazendo germinar mais amarras,
Mais espinhos…

O condenado perdeu-se
O condenado espera pela morte
Deixai-o para que o medo o consuma
Deixai-o morrer na terra fria e escura
Venda-lhe os olhos
Venda-lhe o espelho da alma


O silêncio da noite absorve-me.

Oiço algo distante
Aproxima-se;
Talvez seja a morte,
Talvez me venha aliviar a dor…

Sinto as amarras desfazerem-se
E o meu corpo elevar-se
Sacudido pelo vento forte;
Não tenho frio,
Algo me segura a mão e me aquece.
Não vejo, deixo-me permanecer no silêncio
Entregando-me ao cansaço.

Desperto estendido no chão;
Levanto-me e deixo cair o pano negro
Que me vendava os olhos.
Não sei onde estou!
Quem és?
O teu corpo, banhado pela lua,
Aproxima-se serenamente;
Aconchegas-me,
Seguras novamente a minha mão
E observas-me silenciosamente.

De nada valem as palavras
Apenas o momento


Os teus lábios tocam nos meus,
Sinto o seu doce sabor;
Uma onda de calor atravessa o meu corpo
Enquanto sinto a graciosidade do teu toque
Onde estou?

Não interessa onde, não estás só

Não quero acordar,
Quero sonhar eternamente.

Não é um sonho…

Posso agora ver o nascer de um novo dia
E com ele renascer, sonhar e viver…
Sinto a voz do vento segredar-me ao ouvido:

Sente de novo os teus sonhos
Segue-os
Não estás só
Nunca mais…

sexta-feira, julho 27, 2007

Fruits Basket - Happy Times!

Um sonho pode sempre renascer
Das cinzas presentes de outrora
Onde uma chama o fez morrer
No passado vestido de negro.

Ainda há quem diga que é sorte;
Coisa de fracos e pobres almas.
A força que nos move para a vida
É apenas nossa, não de sortes falsas…

sexta-feira, julho 20, 2007


Água e Sal

É nas sombras que criei,
Com a tua fiel ajuda,
Que agora me perco
Em devaneios e arrependimentos.

As angústias são a minha fome,
Pela crueldade de ser, hoje,
Alguém indiferente
De quem esqueceu que sou gente.

Foram tantos os sonhos
Que te lembrava todos os dias
E tu docemente sorrias
E enternecias-me a alma…

Agora seguro uma vida,
Em mãos trémulas e frágeis,
Sentindo a mudança horrenda
Feita dos meus medos.

Perde-se a inocência,
Os sonhos, a fantasia, a alegria!
Ficaram-me o medo e o vazio,
Inundados de água e sal.

terça-feira, julho 17, 2007


Adeus à Liberdade

Hoje digo “adeus” à liberdade…
Estranha palavra enleada
Pelos finos fios de fantasia
Que tecem a trama da utopia;
Brilha, cintilante, para os olhos cegos
De um povo embrutecido pela ganância.

quarta-feira, julho 04, 2007

AMV - In My Mind

Ainda que a memória seja traiçoeira
E se desvaneça no escuro esquecimento
Jamais irei esquecer de ti
A ternura de cada momento
Em que enlaçámos em suspiros
O amor e a cumplicidade