sexta-feira, julho 20, 2007


Água e Sal

É nas sombras que criei,
Com a tua fiel ajuda,
Que agora me perco
Em devaneios e arrependimentos.

As angústias são a minha fome,
Pela crueldade de ser, hoje,
Alguém indiferente
De quem esqueceu que sou gente.

Foram tantos os sonhos
Que te lembrava todos os dias
E tu docemente sorrias
E enternecias-me a alma…

Agora seguro uma vida,
Em mãos trémulas e frágeis,
Sentindo a mudança horrenda
Feita dos meus medos.

Perde-se a inocência,
Os sonhos, a fantasia, a alegria!
Ficaram-me o medo e o vazio,
Inundados de água e sal.

1 comentário:

AFSC disse...

Parabéns pelo poema!

..mas não percas a esperança. Principalmente, tenta não deixar de sonhar!Um big abraxu**