quinta-feira, abril 21, 2005


Viagem num Sonho

Viajo por entre campos e flores
Que espalham suavemente
Os seus leves aromas.
Uma paisagem pintada com mil cores.
A paz que no coração se sente,
Aquela calma presente em todo redor
É a pureza que os desgostos consome.
Ouvir dos pássaros aquela melodia
Que inocente já a sei de cor.
É destes momentos que meu espírito anseia
E quase morre de fome.

Apesar de tudo é algo
Que pode estar tão perto
E ao mesmo tempo tão longe...  Posted by Hello

Renascer

Sou uma sombra,
Um espírito;
Como uma perdida onda
Solto o meu surdo grito.

Não tenho o sol para me iluminar
Nem as estrelas para me guiar.

Sou aquele que não existe,
Perdido e reavido,
Cujo coração insiste
Em procurar-te...

Encontrei-te!
Diz que não me esqueces.

És um doce e gentil Anjo.
Vamos juntos voar,
Ver o mar e o luar,
Ouvir de toda a natureza o seu canto.

Já não sou uma alma nua,
Contigo existo. Posted by Hello

Teatro

Neste mundo divagamos sós
Sem certeza do destino,
No silêncio escutamos a voz
Do tempo incerto e sinistro.

Dizem que a luz surgirá,
Que nossos caminhos guiará.
Vivem na eterna escuridão,
Na ignorância como uma afirmação...

Ora como é com observar,
Esticar o dedo e apontar;
Sem olhar a meios e prejuízos
Erradamente ditam seus juízos.

Sós então percorremos
Os caminhos como outros tantos;
Desconhecendo as caras que vemos
Aguardamos o que vem por traz dos panos... Posted by Hello

quarta-feira, abril 06, 2005


Perdido numa noite desperta divago em meus pensamentos. Reflicto sobre os meus actos, as minhas escolhas, o caminho que tenho percorrido. Não posso dizer que vivi muito, pois ainda nem 18 anos passaram por mim. Mas sei de uma coisa, tudo aquilo por que passei pode ter-me marcado. Já tive momentos bons e maus, como toda a gente. Não me considero portanto diferente dos que me rodeiam, apenas diferente de alguns daqueles que se encontram na mesma faixa etária que eu. Não me valorizo ou gabo por isso, antes pelo contrário. Vivo isso com pesar de consciência por sentir que por ser como sou foi fruto de diversas consequências.
De momento acho que posso dizer que não me arrependo de nada do que tenha feito ou dito, embora no momento tivesse sentido alguma culpa ou remorso. Não adianta sentirmo-nos culpabilizados quando fazemos algo que achamos incorrecto. O que está feito já não pode ser alterado, apenas podemos aprender com os nossos erros e tentar não voltar a repeti-los.
Penso ter uma particularidade que me diferencia de tantos outros. Os meus sentidos não focam apenas um objectivo, mas sim vários. Posso dizer que gosto de tudo um pouco, em diferentes ramos. Tenho amigos que se diferenciam entre sim, uns mais que outros. Não me agrada um só tipo de música, mas sim toda ela em conjunto. Nas literaturas de tudo um pouco. Na vida.
Felizmente não sou o único assim, sei que muitos mais são como eu. Sei que tenho muitos defeitos, mas quem não os tem? Tudo o que sou faz parte de mim, da minha personalidade e não pode ser alterado. Posso dizer que sou feliz comigo mesmo, apesar de não ter uma vida perfeita: a família perfeita, os amigos perfeitos, os resultados perfeitos e até mesmo o amor perfeito. Ainda assim, penso que o facto de gostarmos das coisas faz delas perfeitas para nós. A designação do que é perfeito está dentro de nós.
Não sou ninguém neste mundo, sou o que sou e, de resto, mais ninguém tem nada a ver com isso.
Posso não ter vivido muito, posso ter cometido muitos erros, posso não ser perfeito, e posso ser fraco em muitas coisas, mas sou eu próprio e o pouco que sou faz de mim especial, como todos. Todos temos algo que nos torna especiais, mesmo que seja só para uma pessoa, ou para nós mesmos. Posted by Hello