Nada no mundo parece bater certo. Um conjunto de interesses políticos, sociais e económicos fazem com que nações choquem entre si, tendo então resultados devastadores. Como poderão forças políticas estarem de acordo em iniciarem uma guerra sabendo que tal vai ter consequências drásticas para a vida de outros seres? Vidas inocentes perdem-se e as que sobrevivem acabam por enlouquecer. A guerra só favorece os políticos, pois mantêm-se seguramente afastados, pondo em prática então os seus joguinhos económicos para, secretamente, enriquecerem mais um pouco.
Tentam a todo o custo fazer com que a população em seu redor concorde com os seus planos perversos, fazendo-os acreditar e recear o suposto inimigo, levando esse medo aos extremos. As pessoas por breves momentos deixam-se levar pelas palavras que ouvem, ficando cegas pelo desconhecimento da verdadeira informação. Quando acordam, já todo o mal está consumido e aí, já não podem voltar atrás, apenas protestam, em vão, a maior parte das vezes.
Aprendi portanto que uma guerra não passa de um conjunto de factores que têm em comum um conjunto de interesses. Sim, hoje em dia, uma batalha ou uma guerra já não é iniciada pelo objectivo de defesa ou reconquista daquilo que nos pertence.
Quantas famílias e cidades terão de ser destruídas até que seja posta a mão na consciência e assim pôr fim à guerra?
Por vezes dou por mim a pensar na razão pela qual, se o interesse na guerra não é de todos, porque razão os interessados não se fecham numa sala e matam-se uns aos outros? Assim, pelo menos, não morriam seres vivos inocentes, nem se destruía o planeta, sim, porque uma guerra também tem um forte impacto ambiental, embora ninguém se preocupe com isso.
Enfim, a guerra não tem coisas boas, apenas para os causadores da mesma é que pode ter um resultado sadicamente positivo.  

No dia 11 de Agosto de 2004 uma pequena e linda gatinha deu entrada no hospital veterinário de S. Bento. Tanto a pequena gatinha como os seus donos pensavam, felizes, que lindos gatinhos estariam para vir. Em casa, tanto o gato pai como o gato filho, fruto de outra ninhada, esperavam inquietamente pela pequena gata. Infelizmente as coisas não correram pelo melhor. Os corações dos quatro gatinhos que estavam para nascer pararam, num acto de aborto espontâneo pela parte da mãe, com o qual a própria corre ainda risco de vida. Foi, de certeza, algo muito triste, tanto para a gatinha como para o pai e o filho gato, como também para os donos e amigos.
Faço então uma homenagem aos quatro gatinhos que não resistiram e, como não poderia deixar de ser, à família dos mesmos. Não refiro nomes pois seria algo de mau gosto, mas quem ler e estiver dentro do assunto perceberá com toda a certeza.
Imagino o sofrimento que a mãe gato não estará a ter. Desejo-lhe as minhas sinceras melhoras. 

Peço desculpa a todos os meus leitores pela pontuação do meu blog.
->Devo informar que sempre que aparecer um texto entre dois pequenos quadrados isso significa que são aspas.
Infelizmente, por razão desconhecida, sempre que edito um blog com imagem as aspas convertem-se em quadradinhos. Já experimentei também por o texto em itálico, mas infelizmente também não surge em intálico, mas sim em texto normal.
Peço imensas desculpas. Gomenasai.

Cada vez mais odeio esta sociedade onde vivo. Como podem existir pessoas tão más, tão insensíveis, tão incompreensivas, cínicas ou hipócritas. Tantos sentimentos horríveis que nutrem perante a sociedade. Como pode ser possível? Pessoas sempre dispostas a apontar o dedo umas às outras pelos motivos mais ridículos. Tudo é alvo de crítica: como as pessoas pensão, como agem, a cor da pele, a opção sexual, os gostos e até mesmo a forma como se vestem. Como pode ser possível? Todos nós somos diferentes uns dos outros. Todos nós temos os nossos segredos, coisas que não queremos partilhar com a sociedade, mas que a sociedade insiste em intrometer-se, de uma forma ou de outra. Vou transcrever-vos a dedicatória escrita por Emanuel Alves no seu livro “O Segredo de Elektra”, um livro que já li duas vezes e que adorei:
“A todos aqueles que nasceram diferentes;
A todos os que têm segredos;
Àqueles que são obrigados a escondê-los e àqueles que, não tendo vergonha daquilo que são, enfrentam as mais nefastas consequências inerentes à podridão social.
A todos aqueles que amam e que com isso não prejudicam ninguém.
Aos que criticam e julgam, porque também eles têm algo a esconder.
Aos que vivem por detrás de uma máscara... todos NÓS.”
O que este escritor dedicou no seu livro, e até mesmo o conteúdo principal do mesmo (tirando naturalmente a parte de ficção da história) é uma verdade dos nossos dias. Somos obrigados a enfrentar a sociedade, mesmo que não queiramos. Porque é que o ser humano tem sempre de complicar tudo e, mesmo sabendo da dor que pode causar a forma como critica os outros, insiste em fazer sofrer o próximo? Enfim, é o chamado “pão do nosso dia a dia”. Temos dias em que ignoramos os comentários dos outros, e mostramos que somos melhores que eles, mas por outro lado temos aqueles dias em que nos sentimos sem forças para lutar contra a agressão psicológica brutal vinda da sociedade e nos deixamos ir a baixo, ouvindo assim os risos vitoriosos daquelas sombras vivas.
Felizmente para todos nós, temos amigos que nos ajudam a superar tudo isto, que nos dão forças para enfrentar estes obstáculos sociais e que nos fazem rir de todos estes problemas, um dia mais tarde.
 

Procuro no meu coração uma luz que me guie por entre as sombras da vida. Sinto que algo se passa comigo de momento, mas não sei ao certo o que será. Sinto-me em baixo como se algo me entristece-se. Por muito que procure uma razão lógica para este sofrimento, não a consigo encontrar. Talvez saiba a razão, talvez me sinta só. Há algum tempo que não tenho um contacto directo com um amigo, a não ser os amigos do trabalho, como é óbvio, mas não é a mesma coisa. Com eles não posso partilhar os meus segredos, os meus desejos, enfim, é simplesmente diferente. Como sinto saudades dos meus amigos. Estão todos longe de mim, de momento. É nestas alturas que eu vejo o tão importantes que eles são para mim. Sem eles sinto-me só, como se tudo em meu redor fosse sombras, que se movimentam assustadoramente. Para mim, a amizade é o sentimento mais puro que pode existir no universo, isto é, se for uma amizade pura, uma verdadeira amizade. Penso mesmo até que a amizade seja uma forma de amor. É tão bom saber que tenho bons amigos. Estou ansioso, ou até mesmo desesperado, por revê-los, por falar de novo com eles, contar novidades, desabafar, rir e até mesmo chorar.
Sempre que estou com um amigo, a escuridão do mundo que me rodeia desaparece, com a forte e quente luz da amizade. Sei que podem achar isto um pouco piroso, mas é mais ou menos aquilo que sinto, não tenho palavras para descrever, portanto descrevo com a ideia que me surge na mente.  

Muitos foram os momentos em que nos sentámos a uma mesa onde permanecíamos horas e horas a conversar, a rir e até mesmo a chorar. Tempos esses que não esqueço, éramos muitos e bons. O tempo foi passando e, aos poucos, fomos diminuindo. Uns ganharam novos amigos, outros afastaram-se, outros ligam mais ao amor que pensam sentir por outro alguém e acabaram por esquecer os amigos por completo. Poucos foram os que sobraram. Podemos sempre dizer que saíram uns mas entraram outros, mas os que entraram parecem não pertencer, parece que estão apenas a ocupar espaço vazio. Ou não conseguem compreender, ou então está sempre tudo bem. Apenas não são como nós. Da raiz, desse grupo escolar (pois tenho mais amigos), só fiquei eu e uma grande amiga minha. Todas as semanas nos temos visto. Conversamos de como era o passado e como é o presente, por vezes até nos pomos a pensar de como será o futuro. Olhamos para trás e sentimos saudades e ao mesmo tempo raiva de ver que havia coisas tão boas, mas que houveram alguns que se esqueceram. Chegamos á conclusão que nem existem adjectivos para os caracterizar. Pensamos que um dia em que acordem pode ser tarde de mais, pode não haver retorno, aí iram pensar bem no que fizeram e no erro que cometeram ao ter esquecido os amigos. Quando estou com essa minha amiga o tempo passa a correr. Rimo-nos, observamos, falamos de coisas sérias, tanta coisa. Ela é muito especial para mim. Somos como irmãos, verdadeiros amigos. Tenho tanto medo que, por alguma razão, de futuro nós nos separemos. Espero que tal nunca aconteça. Ainda na segunda-feira falámos na morte, no quanto dolorosa se pode tornar. Posemo-nos a pensar nas pessoas que nos fizeram mais falta e nas que nos farão mais falta se algum dia partirem. Foi doloroso pensar, mas afinal a morte é algo que tem que ser encarado como uma realidade, ninguém é eterno, temos é que usufruir da vida enquanto podemos, cada momento tem que ser vivido ao máximo. Não são só os velhos que morrem, os novos também. Podemos ser atropelados, electrocutados, tantas e diversas coisas que nos podem acontecer a qualquer segundo. É melhor nem sequer pensarmos nisso e tirar partido da vida, mesmo que por vezes nos pareça um inferno. A vida é uma dádiva que nos foi atribuída, não devemos sequer pensar em deitá-la fora.
Com essa minha amiga falei também da sociedade que nos rodeia. Por todo o lado há gente mesquinha que se diverte a infernizar a vida do próximo, a falar mal nas costas. Cínicos e traiçoeiros. Não me preocupo. Se tiver a passar e por algum motivo for motivo de chacota, sei que não vale a pena dar importância, afinal é isso que eles querem, que fiquemos tristes ou chateados. Ficam bastante frustrados quando não lhes ligamos, o desprezo por vezes é a melhor arma.
Acho que vou simplesmente gozar da minha vida, com os meus amigos. Espero poder estar com eles durante bastante tempo. São tudo para mim, são os meus anjos. A eles devo parte do que sou agora, cresci bastante graças a eles. Agradeço-lhes do fundo do coração. Em todos os bons e maus momentos, eles estiveram lá. Algumas discussões e pequenos percalços por vezes, mas superámos tudo. Os que ficaram são bons, isso é que interessa. Adoro-vos a todos meus amigos... obrigado...  

Será que não mereço a pessoa que amo? A cada dia que passa, parece que a paixão que sinto no meu coração cresce, a pouco e pouco, consumindo toda a minha essência deixando-me esgotado interiormente. Sabe o amor que sinto, afirma apenas que gosta muito de mim e que me acha lindo, querido e fofo, apenas não é o momento certo, a nível de preparação pessoal, segundo diz. Que quererá isso dizer? Estará a dar-me uma esperança? A única forma que tenho de pôr tudo à prova e roubar-lhe um beijo e esperar uma reacção positiva. Sei apenas que o terei de fazer na ausência de terceiros, para que, no caso de algo correr contra aquilo que eu desejo, poder simplesmente sair dali a correr, carregando comigo mil pesos do sofrimento que agora sinto, como um cobarde. Será que pensa em mim quando não estou por perto, tal como penso eu? Por um lado, tudo isto é um sofrimento para mim, mas por outro, é uma coisa que me está a pôr à prova, a fazer-me lutar por aquilo que quero, fazer-me lutar pela pessoa que amo. É verdade, tal como hoje me disseram, que com o tempo me vou cansar e sentir-me verdadeiramente desesperado e sem forças para lutar, caindo no sofrimento. Não sei pronunciar o futuro, apenas posso esperar que o amanhã venha, com esperança que seja melhor que o de hoje.
Espero um dia poder vir a sentir o doce toque dos seus lábios nos meus, fazendo assim, uma pura união de duas almas. Espero poder vir a sentir um amor da sua parte, tal como tento fazer irradiar da minha. 

Isto realmente é preciso ter muita lata. Ok, por um lado aceito, já é um pouco tarde, mas ainda assim! Veio-me um vizinho bater á porta por cauda da música. Quer dizer, quando eles andam a arrastar móveis ou camas á noite, eu nunca fui reclamar; quando tinham o cão e ele andava a brincar com berlindes á noite, não subi ao andar de cima para protestar; quando alguém faz obras e ao sábado, logo de manhã, tenho um barulho insuportável espalhado pela casa toda, também não reclamo (embora também tenha já feito obras em casa, mas enfim). Agora fui dar com um vizinho a tocar-me á porta a dizer que estava a fazer muito barulho. Se não fosse eu não querer ser tão picuinhas como eles, ao mínimo ruído que fizessem fora de horas, subia e reclamava. Quer dizer, quando foi o raio do Futebol, em que andavam na rua aos gritos e a buzinar carros, ninguém reclamou, e agora eu tenho que ouvir reclamações. Enfim, é melhor ficar por aqui. Mas esta situação é digna de um DASS, com letra grande. A partir de agora aquele vizinho vai estar incluído no agrupamento dos “devias ter vindo mais cedo”.  

Tenho os meus sonhos, tenho os meus desejos, ambos parte do meu ser e ambições. Diferentes oportunidades e caminhos a seguir. Barreiras a ultrapassar, podem ser difíceis, mas espero não desistir. Sonho em poder, no futuro, ser mais que um simples escritor de blog, que apenas liberta os seus pensamentos de forma digital, talvez lidos apenas por familiares, amigos e conhecidos, não passa daí. Quero ser um escritor, mas não um escritor qualquer, desejo que os meus leitores sintam, naquilo que lêem de minha autoria, o mesmo que eu sinto ao escrever, que consigam visualizar as mesmas imagens que pretendo dar a conhecer. Uma tarefa difícil, penso eu, mas não impossível, sem trabalho e força para seguir em frente, não se consegue nada. Sonho também ser um bom jornalista de imprensa, pelo menos nos primeiros tempos como escritor. É uma forma de obter ainda mais conhecimentos, mas de uma forma viva, através do contacto directo com a sociedade que me rodeia. Ter um apartamento, com vista para o mar, e nele viver com a pessoa que amarei no futuro. Preparar bons cozinhados também me parece ser uma boa ideia.
Sei que para realizar todos os meus sonhos, todos os meus desejos, terei que trabalhar bastante, mas é um desafio que espero estar pronto a enfrentar. 

Vivo num mundo de preconceitos, onde tudo o que é diferente é motivo para se apontar o dedo. Não percebo o motivo. Brancos, pretos, amarelos, vermelhos, qual é a diferença? Gays, lésbicas, bissexuais, e depois? Católicos, góticos ou ateus, que problema reside nisso? Podem ser diferentes em cor ou em opção, seja a que nível for, mas têm sentimentos como qualquer um. Porque é que as pessoas criticam o que não é igual a elas? Teimam em massacrar o que pensam ser diferente e errado, fazendo os outros sofrer. Será que não pensam que podem estar a magoar alguém por esse facto? Segredinhos, intrigas, risinhos e olhares, é tudo tão torturante. Evoluímos em bens materiais, mas por dentro continuamos a ter a mesma mentalidade daqueles a quem chamamos de bárbaros, do passado. Instinto de sobrevivência e de impor superioridade sem olhar a meios, nem que para isso se tenha que espezinhar o próximo sem olhar a meios. Qual será o gozo de obter algo, se para isso temos que massacrar os que nos rodeiam. Traições e tudo mais. Indignos aqueles que o fazem, indignos de obterem felicidade, a esses só desejo que sofram tanto quanto fazem os outros sofrer.
Será que temem o que é diferente e por isso tentam afastá-los fazendo-os alvo de chacota? Não compreendo o que leva o ser humano a ser tão intolerável. Temos aqueles que dizem que não têm nada contra mas dizem de seguida: “desde que não acontecesse comigo”.
Poderei um dia tentar mudar esta sociedade através das minhas palavras? Ninguém ouviria, estão surdos de pensamentos repugnantes. Sei então que nada posso fazer perante tal comportamento. Apenas observar a podridão social...  

Tudo na vida tem o seu oposto. Um equilíbrio criado no início dos tempos. Tendo em conta essa ideia lógica, não nos podemos esquecer que não podemos estar sempre em perfeita harmonia com o espaço que nos rodeia. Também não podemos estar sempre deprimidos, em guerra. Como tudo na vida, temos os bons e os maus momentos. Esta teoria reside-se na astrologia chinesa, do Yin e do Yang:
“ Yin é o princípio lunar (LUA), Yang, o solar (SOL). Segundo os antigos chineses, toda a vida nasce da energia constante dessas forças que se atraem e repelem. A força de um dos princípios aumenta na medida em que a força do outro diminui. A sua alternância constante determina a ordem do mundo. Yin e Yang, símbolos da vida e do movimento, da oposição e da harmonia.”
Quando nos deparamos com maus momentos, que nos fazem perder a esperança, podemos sempre deixarmo-nos ir abaixo ou lutar com o pensamento que tudo acabará bem. Nos dias bons, não nos podemos esquecer de tirar proveito deles, pois a cada segundo que passa podem mudar, drasticamente. Talvez não seja correcto eu falar disto, visto que eu próprio perco a esperança e desejo deste mundo desaparecer. Sorte minha que tenho bons amigos, que me apoiam e que me abrem os olhos. São como anjos para mim, são os meus guardiões. Sei que posso sempre contar com eles, e eles comigo.
 

Neste preciso momento sinto-me distante dos que me rodeiam. Sinto-me só. Não sei explicar a razão que me leva a sentir-me assim, perdido. Talvez tenha a resposta na minha mente e ser apenas cobarde o suficiente para não a querer aceitar. Sinto-me desprotegido. Quero amar, quero ser amado, quero ser mais do que aquilo que sou. Um desejo tão forte, que vem de dentro. Um desejo duro de enfrentar. Procuro no meu coração um raio de esperança. Procuro uma luz. Encontro-me a cair num abismo de sombras, infindável. Grito o mais que posso...será que me ouve? Não obtenho resposta, apenas o eco das minhas lamentações.
Sofro no silencio. Não gosto de demonstrar as minhas fraquezas, embora, por outro lado, sinto vontade que alguém dê pelo meu sofrimento, e me possa dar a força que necessito. Alguém que me ajude a deitar para o exterior da minha alma toda a minha dor. Alguém que me ajude a solucionar a causa desta agonia. O sabor salgado das lágrimas faz-me sentir raiva de mim mesmo, por ser tão fraco, por não conseguir lutar contra aquilo que tanto me magoa. Porque será que não me ouve? Será que a minha presença é incomodativa? Será que presencio um sorriso, mas quando viro costas soa-se um suspiro de alívio? Será que estou a ser, como um amigo me perguntou hoje, “chatinho”? Ou estarei a ser apenas persistente de mais? Não posso fazer nada então. É assim que sou. Quando quero lutar por algo, tento ir até ao limite das minhas forças, acho que essa é a prova do quanto gosto daquilo por que luto. Agora encontro-me no limite, a desvanecer por dentro, aos poucos.
Dizem que a vida é um dom. Por vezes concordo. Nos dias como hoje, penso apenas que é um dom de sofrimento. Uma maldição que me foi lançada para sofrer até ao fim dos meus dias. Então peço que a vida seja curta, para não ter que sentir esta dor profunda. Posso estar a ser precipitado e, de futuro, arrepender-me das minhas palavras, mas de momento acho que tudo era melhor que ter que suportar o sabor salgado das minhas lágrimas, que insistem em correr.
Quero ter carinho de alguém que me compreenda, que goste verdadeiramente de mim. Quero sentir a força do verdadeiro amor. Aquele amor que não sai da boca para fora, mas um amor que se sente, sendo irradiado pelo coração...  

Algo precioso invade os meus pensamentos. Revela uma força interior bruta, mas ao mesmo tempo é calmo e puro, pintado no seu interior com mil cores. Que segredos esconde o mar? Secretamente, nas suas profundezas, que mistérios oculta? Nenhum ser humano poderá desvendar os seus segredos. Apenas o podemos observar, toca-lo, senti-lo. A sua beleza é divina. Por vezes, quando o observo, penso na razão pela qual o Homem é levado a, aos poucos, destruir a sua essência. Será que o fazemos inconscientemente, ou temos mesmo prazer em destruir algo tão belo?
O Homem age de forma tão errada. Certo é, que mais tarde, irá pagar pelos danos causados. Talvez aí seja posta a mão na consciência, mas nesse dia pode já ser tarde.
Por enquanto limito-me a observá-lo. Sentir o forte desejo de fazer parte dele. Desejo poder mergulhar nele, sem temer que o ar me falte. Ver as suas cores, descobrir os seus segredos. É um bom sonho, impossível de realizar, penso eu. Não fico triste por ser impossível, este meu sonho. Mesmo não podendo realizá-lo, posso sempre perder-me nele, desfrutando de uma fantasia ingénua. Tenho medo de um dia olhar para o mar, e devido ao seu estado, não conseguir ter este sonho. Nesse dia chorarei desejando que com as minhas lágrimas o possa salvar. Mas não, não sou ninguém para tal. Sou um simples ser humano sem poder para tal. Só reunindo forças podemos lutar por um mundo melhor, em que este não seja ameaçado. Por enquanto ninguém o vai tentar. De futuro, nada mais poderá ser feito.
Por enquanto irei contemplar a sua beleza, ouvir o seu canto e sentir a sua essência. Por enquanto vou apenas sonhar...vou apenas desejar que nada de mau lhe aconteça...  

Procuro por entre sombras a pessoa certa para o meu coração. É difícil de encontrar, mas não perco a esperança. Vinda da luz, aproximando-se lentamente. Observo essa pessoa, de longe, com receio de agir contrariamente às minhas possibilidades. Esse receio que tenho, por vezes, de errar, de sofrer ou fazer essa pessoa sofrer, faz-me por vezes perder o rumo. Olho nos olhos dessa pessoa, enquanto desejo um beijo seu. Desejo amar e ser amado, é uma necessidade que tenho. Acho que o ser humano nasceu para amar e para ser amado. É como o ar que respiro. Procuro o amor. Procura “a pessoa só para mim”, “mais que tudo”. Tantas definições para o verdadeiro amor. Qual será a mais correcta? Isso não interessa. O que interessa realmente é o que sentimos. O amor não é uma coisa que possamos passar para palavras. É algo muito indefinido que muda de pessoa para pessoa.
Para mim, essa pessoa tem de ser especial. Tem de saber aceitar-me por aquilo que sou. Não pretendo fingir ser algo que na verdade não passa de uma mascara, só para agradar. Se essa pessoa gostar mesmo de mim irá aceitar a verdadeira identidade do meu ser.
Como desejo que olhe para mim. Sentir o quente sabor dos seus lábios junto dos meus. Sentir o seu suave toque na minha pele. Por enquanto não passam de simples desejos, que revelam a inocência do meu desejo. Um desejo que cresce, cada dia que passa, sofrendo metamorfoses. Por vezes pensar que essa pessoa pode nunca vir ao encontro comigo, faz-me sofrer. Olhar-me no espelho e pensar que posso vir a ser conhecido por aquele que não foi amado, ou se foi, não soube preservar esse amor. Deixando cair pequenas lágrimas, vou perdendo a esperança. Até que algo surge, como se ouvisse os meus desejos, e tenta então trazer-me a felicidade que tanto desejo...espero então que tudo não passe de um sonho...se assim for, não quero acordar...  

Através de sonhos, viajo até um mundo novo. Um mundo sem guerras, tristezas, lágrimas ou incertezas. Nesse mundo tudo é puro e belo. Inocentemente desprotegido, pois sabe que não necessita de protecção. No lugar onde se encontra, dificilmente terá que se defender contra algo. Nele a força física não tem qualquer valor. Não necessitamos dela. Deslizamos suavemente por entre as nuvens dormitando silenciosamente. Cores luminosas preenchem este quadro. A luz irradiante demonstra a pureza deste mundo. Nem todos entram lá. Têm que ter a mente vazia de pensamentos negativos. Não podem pensar que a força física é a mais dominante. Esses ficam de parte. Neste mundo sou feliz. Não necessito do que não tenho. Este mundo é o sonho que me protege...tenho-o guardado no meu coração...  

Anjos... sempre em imagens tão puras e inocentes. Algo que tememos magoar. Desejando a protecção dos mais fracos...indefesos. Será que existem? Penso que não. Acho que é uma coisa demasiado pura para habitar entre nós. Acho que os únicos anjos reais são os nossos amigos. Protegem-nos, reconfortam-nos, ajudam-nos, animam-nos nos momentos maus. Partilham connosco a alegria, os risos e tudo mais nos bons momentos. Quando estamos longe deles sentimos saudade. Sim... penso que a amizade é uma forma de amor. Um amor que dificilmente deixará de existir. Os verdadeiros amigos não deixam quebrar os seus laços. Nada os separa. Nem a distancia, nem uma zanga, nada. Um verdadeiro amigo sabe perdoar, sabe procurar.
Os meus amigos são como anjos para mim. Devo-lhes tudo o que sou. Com eles aprendi a enfrentar o mundo como ele é, e não limitar-me apenas a desejar que fosse melhor. Com eles aprendi a ser diferente. Não podemos ser “normais” hoje em dia. Temos que gozar cada dia da nossa vida ao máximo com um toque de loucura, mas sem abusar. Só assim podemos chegar ao dia do “juízo final” e dizer “fui feliz e gozei bem a vida”.
Penso que se algum dia perder os meus amigos, com eles perco a vida. São tudo para mim. Estiveram sempre prontos a ajudar-me naqueles momentos em que só me apetecia desaparecer. Naqueles momentos em que só via escuridão á minha volta. Perdido num vasto oceano de lágrimas, em busca de uma luz inexistente. Foram eles que me deram a luz. Graças a essa luz pude seguir em frente. O calor da amizade é tão agradável. Gosto tanto de estar com eles. Sorrir e chorar com eles.
Anjos...na verdade existem...mesmo diante os nossos olhos...esses anjos são os nossos amigos... 

Um dia de loucos... todos nós temos. O meu foi de uma perfeita demência absoluta, digno daqueles que utilizam a frase “devias ter vindo mais cedo”.
Fui quase que obrigado, pela minha mãe, a levantar-me da cama para comer fondue. Pensei que ia ter a panelinha com óleo quente para fritar a minha própria carne, mas em vez de isso deparei-me com carne já frita numa frigideira comum, com alho. Comi e, apesar de tudo, soube-me bem. Depois fui dormir mais um pouco. Eu sei que assim mais pareço o Garfield, o famoso gato que só come e dorme, fazendo algumas coisas pelo meio. Enfim, tinha sono portanto não me censurem.
A hora do trabalho começou. Mas que seca, sou sincero, hoje não me apeteceu nada trabalhar. Estava mesmo sem paciência. Até ás 21:00 não convenci ninguém. Depois lá fiz dois. No meio desse monótono tempo de trabalho deparei-me com duas situações:
- Liguei para casa de um homem e só tive tempo de dizer “Estou sim, boa noite. O meu nome é Bruno Moutinho e estou-lhe a falar do Grupo Palme, por acaso já ouviu falar no nome da empresa?”. O desgraçado, sem eu ter tempo de dizer mais nada, insultou-me com todos os nomes que se deve ter lembrado e depois desligou-me o telefone. É caso para se dizer DASS, com letra grande. Será que as pessoas não percebem que é o nosso trabalho? Têm que ser assim tão mal educadas, tão mal formadas? Enfim, tenho é que ignorar e seguir em frente.
- Estava á porta do meu posto de trabalho, a fumar um cigarro, fazendo assim uma pausa, quando um carro com alguns jovens delinquentes no seu interior que passaram, puseram a cabeça de fora e chamaram-me nomes. Será isto normal?! Esta gente anda com bastantes problemas cerebrais. Hoje em dia parece que todos sofrem de demência crónica profunda.
Ignorei o dia. Não posso pensar muito nele. Sei que se o fizer acabo assim, demente, como os outros. Quero apenas lutar pelos meus projectos de vida. Pelos meus sonhos. Temos que lutar por eles, não é? Não podemos esperar que estes se realizem do nada.
Gostava de poder mudar o mundo. Transformá-lo num local agradável de se viver. Infelizmente é impossível, não só a nível de poder físico. Para termos o bom, temos sempre que ter o mal, como forma de equilíbrio. O Ying e o Yang, o velho princípio chinês. Também não vou pensar nisso. Vou procurar as poucas coisas que este mundo onde vivo tem de bom e usufruir delas, enquanto existirem. Espero que nunca deixem de existir... 

Fui ao cinema ver o filme "Harry Potter e o prisioneiro de azkaban. Estava bastante interessado em ver como tinha ficado o filme, visto que adorei o livro. Enfim, uma desilusão. Preocuparam-se tanto em resumir o filme que acabaram por fazer com que, quem não tivesse lido o livro, ficá-se sem percever patavina da história. Realmente focaram as partes mais importantes, mas saltavam de umas cenas para as outras sem qualquer sentido. Mesmo assim foi bom ver o filme.