Vivo num mundo de preconceitos, onde tudo o que é diferente é motivo para se apontar o dedo. Não percebo o motivo. Brancos, pretos, amarelos, vermelhos, qual é a diferença? Gays, lésbicas, bissexuais, e depois? Católicos, góticos ou ateus, que problema reside nisso? Podem ser diferentes em cor ou em opção, seja a que nível for, mas têm sentimentos como qualquer um. Porque é que as pessoas criticam o que não é igual a elas? Teimam em massacrar o que pensam ser diferente e errado, fazendo os outros sofrer. Será que não pensam que podem estar a magoar alguém por esse facto? Segredinhos, intrigas, risinhos e olhares, é tudo tão torturante. Evoluímos em bens materiais, mas por dentro continuamos a ter a mesma mentalidade daqueles a quem chamamos de bárbaros, do passado. Instinto de sobrevivência e de impor superioridade sem olhar a meios, nem que para isso se tenha que espezinhar o próximo sem olhar a meios. Qual será o gozo de obter algo, se para isso temos que massacrar os que nos rodeiam. Traições e tudo mais. Indignos aqueles que o fazem, indignos de obterem felicidade, a esses só desejo que sofram tanto quanto fazem os outros sofrer.
Será que temem o que é diferente e por isso tentam afastá-los fazendo-os alvo de chacota? Não compreendo o que leva o ser humano a ser tão intolerável. Temos aqueles que dizem que não têm nada contra mas dizem de seguida: “desde que não acontecesse comigo”.
Poderei um dia tentar mudar esta sociedade através das minhas palavras? Ninguém ouviria, estão surdos de pensamentos repugnantes. Sei então que nada posso fazer perante tal comportamento. Apenas observar a podridão social...