quinta-feira, agosto 12, 2004


Muitos foram os momentos em que nos sentámos a uma mesa onde permanecíamos horas e horas a conversar, a rir e até mesmo a chorar. Tempos esses que não esqueço, éramos muitos e bons. O tempo foi passando e, aos poucos, fomos diminuindo. Uns ganharam novos amigos, outros afastaram-se, outros ligam mais ao amor que pensam sentir por outro alguém e acabaram por esquecer os amigos por completo. Poucos foram os que sobraram. Podemos sempre dizer que saíram uns mas entraram outros, mas os que entraram parecem não pertencer, parece que estão apenas a ocupar espaço vazio. Ou não conseguem compreender, ou então está sempre tudo bem. Apenas não são como nós. Da raiz, desse grupo escolar (pois tenho mais amigos), só fiquei eu e uma grande amiga minha. Todas as semanas nos temos visto. Conversamos de como era o passado e como é o presente, por vezes até nos pomos a pensar de como será o futuro. Olhamos para trás e sentimos saudades e ao mesmo tempo raiva de ver que havia coisas tão boas, mas que houveram alguns que se esqueceram. Chegamos á conclusão que nem existem adjectivos para os caracterizar. Pensamos que um dia em que acordem pode ser tarde de mais, pode não haver retorno, aí iram pensar bem no que fizeram e no erro que cometeram ao ter esquecido os amigos. Quando estou com essa minha amiga o tempo passa a correr. Rimo-nos, observamos, falamos de coisas sérias, tanta coisa. Ela é muito especial para mim. Somos como irmãos, verdadeiros amigos. Tenho tanto medo que, por alguma razão, de futuro nós nos separemos. Espero que tal nunca aconteça. Ainda na segunda-feira falámos na morte, no quanto dolorosa se pode tornar. Posemo-nos a pensar nas pessoas que nos fizeram mais falta e nas que nos farão mais falta se algum dia partirem. Foi doloroso pensar, mas afinal a morte é algo que tem que ser encarado como uma realidade, ninguém é eterno, temos é que usufruir da vida enquanto podemos, cada momento tem que ser vivido ao máximo. Não são só os velhos que morrem, os novos também. Podemos ser atropelados, electrocutados, tantas e diversas coisas que nos podem acontecer a qualquer segundo. É melhor nem sequer pensarmos nisso e tirar partido da vida, mesmo que por vezes nos pareça um inferno. A vida é uma dádiva que nos foi atribuída, não devemos sequer pensar em deitá-la fora.
Com essa minha amiga falei também da sociedade que nos rodeia. Por todo o lado há gente mesquinha que se diverte a infernizar a vida do próximo, a falar mal nas costas. Cínicos e traiçoeiros. Não me preocupo. Se tiver a passar e por algum motivo for motivo de chacota, sei que não vale a pena dar importância, afinal é isso que eles querem, que fiquemos tristes ou chateados. Ficam bastante frustrados quando não lhes ligamos, o desprezo por vezes é a melhor arma.
Acho que vou simplesmente gozar da minha vida, com os meus amigos. Espero poder estar com eles durante bastante tempo. São tudo para mim, são os meus anjos. A eles devo parte do que sou agora, cresci bastante graças a eles. Agradeço-lhes do fundo do coração. Em todos os bons e maus momentos, eles estiveram lá. Algumas discussões e pequenos percalços por vezes, mas superámos tudo. Os que ficaram são bons, isso é que interessa. Adoro-vos a todos meus amigos... obrigado...  Posted by Hello

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