sexta-feira, setembro 19, 2008

http://www.youtube.com/watch?v=NhL-U6D4nRw

Para aqueles que se perderam nas encruzilhadas da vida. Para os que esqueceram.

Eu não esqueço as palavras, ainda que magoem na ausência de quem as disse.

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Step one you say we need to talk
He walks you say sit down it's just a talk
He smiles politely back at you
You stare politely right on through
Some sort of window to your right
As he goes left and you stay right
Between the lines of fear and blame
You begin to wonder why you came

CHORUS:
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

Let him know that you know best
Cause after all you do know best
Try to slip past his defense
Without granting innocence
Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God he hears you
And pray to God he hears you

CHORUS:
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

As he begins to raise his voice
You lower yours and grant him one last choice
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed
He will do one of two things
He will admit to everything
Or he'll say he's just not the same
And you'll begin to wonder why you came

CHORUS:
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

CHORUS:
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
How to save a life
How to save a life

CHORUS:
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

CHORUS:
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
How to save a life

quinta-feira, setembro 18, 2008


Apetecia-me beijar a poesia dos teus sentidos
e correr as paginas do teu corpo

sorver cada palavra escondida em cada poro.

quarta-feira, setembro 17, 2008


Horas mortas

Estasiam-me as horas mortas
Suspensas na cidade de cristal
Com sinos a tocar e pombas
E ratazanas e um rio imundo.

As pessoas são a negra expressão
De fingir a vida todos os dias;
Sombras entre o fumo e o pó
E os mendigos sujos de crude.

As pessoas morrem suspensas
Na cidade de cristal empoeirada
Com pombas a defecar nos sinos
Silenciosos nas muralhas.

E se olho para o céu de hoje
Farejo a cor morta de um azul
Imundo como o rio que o beija,
Como o crude e os mendigos.

Sobeja o aço quente de sangue;
O vermelho carregado que seduz
É dos lábios e escorre nas mãos
Que as pessoas piamente beijam.

A cidade de cristal tem sinos
E pombas e ratazanas e mendigos
E um rio imundo e fumo e pó
E sangue quente e aço e crude!

As horas mortas suspensas
São das pessoas perdidas
Que defecam dentro das muralhas
Fechadas, sombrias e silenciosas.

terça-feira, setembro 16, 2008

Praia da Memória

Encontrei-te perdido no entardecer das palavras
Guardadas numa caixa de música partida;
No céu púrpura das praias que nos olhos levavas,
Carregados de sal, com odor a maresia;

Deixas na areia as pegadas errantes,
Apagadas pelas vagas da tua fraca memória
Como o canto das sereias do tempo distantes.
Toda uma longa e enfadonha história…

Nessa praia encontrei um barco encalhado:
Os restos de uma tempestade rasgada
Na mente… Obscuras tentações do mero acaso
De quem viu a sua alma ser pelo medo levada.

Suspiro a clandestinidade para não provar
O veneno dos sentidos falsos e fáceis
E brindo à loucura de saber sonhar.
É uma questão de desmitificar os desejos selvagens.

A noite arrefece com o sopro salgado do mar
Sem um corpo quente; apenas a lua e os astros
A enternecem. Mais não deve faltar.
Não mais que fingimentos enclausurados;

E o vento carregado de vozes velhas e sinistras
Canta a minha loucura consciente
De ambicionar diferentes perspectivas de conquistas.
Serei simplesmente um ser demente?

A falésia – escura, perigosamente apetecível.
Sem farol. Há um farol, mas em ruínas inúteis.
Tudo o que é ruína é inutilmente inesquecível
Até aprendermos que na verdade são úteis:

Subo-a para abraçar o vento e as coisas vivas
Que guardo dentro de mim e de olhos serrados
Tacteio o encanto e a perdição das vertigens
Procurando no vazio os sentimentos roubados.

Sentir é agora o choque das gélidas águas,
O sangue a pulsar devagar nas veias,
Projectar no corpo a fantasia das fábulas
E esperar ser encontrado por míticas sereias.

Mas despertam os gritos das gaivotas
Que comem o peixe podre que o Homem largou
Junto do barco que se perdeu nas rochas
Ao encanto da vida que a loucura levou.

Rems

Não serão os sonhos uma imagem inconsciente da realidade?

segunda-feira, setembro 15, 2008


Dói-me o corpo
Porque dancei sem fôlego
Dói-me o corpo
Porque me cansei
De ti

Não grites para a porta fechada
Que ela não te ouve
Não chores a flor queimada
Que já morreu velha
Por ti

domingo, setembro 14, 2008


Ser mais que qualquer coisa

As palavras que trago
Todas fechadas dentro de mim
São de ódio, são de medo
São de tudo, são de nada
São a memória queimada
Do desejo consumido
Não são de gente alguma

Quem mas quer libertar?
Talvez a alma insana
De um qualquer desconhecido
Vencido da guerra mundana
Seja a vontade, seja o sangue
Seja um simples «porque sim»
Mas que seja mais que um suspiro

segunda-feira, setembro 08, 2008

Vício Obsessivo

Silêncio!

Nada – expressão do vazio
Prestes a colidir com a loucura

O sol cega-me
As palavras secam nos lábios
Sedentos

Quero beber dessa fonte
Da tua
Até se cansarem as línguas
Irrequietas

O sangue quente
Prestes a explodir
Dentro de mim
Dentro deste meu corpo
Sem graça ou melodia

E no fim
Banhar-me de lua e mar
Arder com o teu fogo
Viciante dependência
No silêncio do teu olhar
Penetrante

sexta-feira, setembro 05, 2008


Desejo de expressão

Tenho um nó na garganta;
as palavras rasgam-se dentro de mim
e o sangue é ácido que corrói;
tenho sede de tudo e de nada:
- Um grito oprimido no desconhecido…

As palavras não saem!
Estão presas nas entranhas de pedra;
serão um dia pó ausente
quando morrerem ao meu desejo,
ao desejo de ser gente…
... ao desejo de expressão

quinta-feira, setembro 04, 2008

Attack of the Otaku

Um pouco de energia e cor para animar os dias mais cinzentos.

Neko-chan, este é para ti ^_^

Hope u enjoy

Happy times and happy days

quarta-feira, setembro 03, 2008


Foge menina loira

Corre perdida nas entranhas da avenida
A rapariga loira de virgindade perdida;
Foge das sombras, foge da vida
Foge da inocência a pobre menina.

As ruas cheiram a sangue e a suor,
Cheiram a sexo sem qualquer pudor.
O vómito fermenta com a urina
Como a loucura da loira menina.

Menina, pobre menina assustada,
Deixas pegadas de sangue na estrada!
Segue-te o vilão sem coração
Para que te ajoelhes e lhe beijes a mão.

E se te apanhar obrigar-te-á a casar
Para teu corpo afagar e o ventre rasgar
No chão, contra a parede, na cama,
Mas de puta não terás a dita fama.

Foge menina loira, que teu corpo apetece:
É quente e suave, quase enlouquece!
Foge desta cidade de prostitutas,
Foge da morte fácil se és astuta.

segunda-feira, setembro 01, 2008


Enquanto a Lua não surgir

Temo agora os gestos e as palavras
Que envolvo em sílabas desconhecidas
De um idioma que não é meu.

Por que me afundo em incertezas
Feitas de areia e barro?
Com quantas mãos me moldo?

Faço da noite o manto com que me envolvo
E espero pelo nada,
Pela morte de uma qualquer estrela.

E enquanto a Lua não surgir
Não serão belas as ondas
Nem branca a sua espuma.