quarta-feira, abril 06, 2005


Perdido numa noite desperta divago em meus pensamentos. Reflicto sobre os meus actos, as minhas escolhas, o caminho que tenho percorrido. Não posso dizer que vivi muito, pois ainda nem 18 anos passaram por mim. Mas sei de uma coisa, tudo aquilo por que passei pode ter-me marcado. Já tive momentos bons e maus, como toda a gente. Não me considero portanto diferente dos que me rodeiam, apenas diferente de alguns daqueles que se encontram na mesma faixa etária que eu. Não me valorizo ou gabo por isso, antes pelo contrário. Vivo isso com pesar de consciência por sentir que por ser como sou foi fruto de diversas consequências.
De momento acho que posso dizer que não me arrependo de nada do que tenha feito ou dito, embora no momento tivesse sentido alguma culpa ou remorso. Não adianta sentirmo-nos culpabilizados quando fazemos algo que achamos incorrecto. O que está feito já não pode ser alterado, apenas podemos aprender com os nossos erros e tentar não voltar a repeti-los.
Penso ter uma particularidade que me diferencia de tantos outros. Os meus sentidos não focam apenas um objectivo, mas sim vários. Posso dizer que gosto de tudo um pouco, em diferentes ramos. Tenho amigos que se diferenciam entre sim, uns mais que outros. Não me agrada um só tipo de música, mas sim toda ela em conjunto. Nas literaturas de tudo um pouco. Na vida.
Felizmente não sou o único assim, sei que muitos mais são como eu. Sei que tenho muitos defeitos, mas quem não os tem? Tudo o que sou faz parte de mim, da minha personalidade e não pode ser alterado. Posso dizer que sou feliz comigo mesmo, apesar de não ter uma vida perfeita: a família perfeita, os amigos perfeitos, os resultados perfeitos e até mesmo o amor perfeito. Ainda assim, penso que o facto de gostarmos das coisas faz delas perfeitas para nós. A designação do que é perfeito está dentro de nós.
Não sou ninguém neste mundo, sou o que sou e, de resto, mais ninguém tem nada a ver com isso.
Posso não ter vivido muito, posso ter cometido muitos erros, posso não ser perfeito, e posso ser fraco em muitas coisas, mas sou eu próprio e o pouco que sou faz de mim especial, como todos. Todos temos algo que nos torna especiais, mesmo que seja só para uma pessoa, ou para nós mesmos. Posted by Hello

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