terça-feira, setembro 28, 2010

Mão Fechada

Hoje o céu caiu com o grito das aves
Estendido no parapeito de uma janela fechada.

Lembrei-me de o procurar no ar que respiro
Depois lembrei-me que não o tinha.

Olhei-o caído, olhei-o cheio de desejo
Com uma mão cheia de pó a perder-se como o tempo
Como se perdem os Homens e seus Deuses…

Para no fim morder as palavras no silêncio
E deixá-las morrer com ele…