quarta-feira, dezembro 29, 2010



Lembras-te
Das palavras dos outros dias
Das promessas vagas
Contra o corpo?

Todas as vontades eram sonhos
Todos os sonhos eram teus
De mim nada restou.

Lembras-te
Desses outros dias
Em que o Tempo era feito de vontades
Improvisadas?

A partida sem destino
Porque era a viagem o sentido
De um rumo (in)certo.

Quanto de mim esperas
Quanto espera o mundo
De nós
Dos outros?

É a fé que os move
Por todos esses deuses
Tão humanos como o não somos.

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