sexta-feira, abril 22, 2016

Os sinos de Lisboa



Os sinos
Mal dei pela sua existência
Os sinos em Lisboa
Tão distantes
Perto do coração

Entre colunas
Em colinas e avenidas
Descansa o olhar nos varandins
Com seus cravos, sardinheiras;
Foram-se as varinas.

Os sinos
Ao longe as gaivotas
O Tejo e o Cristo Rei
Tão distantes
Perto do coração

Entre as fontes
Em praças e miradouros
Descansa o olhar nas asas de um pombo
Nos velhos que jogam às cartas;
Foram-se as cantadeiras.

Os sinos
Escuto apenas porque me lembro
Dos sinos em Lisboa
Tão distantes
Perto do coração.

Sem comentários: