Os sinos
Mal dei pela sua existência
Os sinos em Lisboa
Tão distantes
Perto do coração
Entre colunas
Em colinas e avenidas
Descansa o olhar nos varandins
Com seus cravos, sardinheiras;
Foram-se as varinas.
Os sinos
Ao longe as gaivotas
O Tejo e o Cristo Rei
Tão distantes
Perto do coração
Entre as fontes
Em praças e miradouros
Descansa o olhar nas asas de um pombo
Nos velhos que jogam às cartas;
Foram-se as cantadeiras.
Os sinos
Escuto apenas porque me lembro
Dos sinos em Lisboa
Tão distantes
Perto do coração.
Sem comentários:
Enviar um comentário