sábado, junho 03, 2006


Numa Explanada Colossal

No centro de uma cidade de almas nuas,
Tão apressadas, tão irrequietas
Deixo-me perder nas suas ruas
Errando rumo a novas descobertas.

Deparo-me então numa ruidosa esplanada
Fumando o meu cigarro e com um jornal,
Que triste me revela em voz cansada
A miséria, o descuido de uma política provençal.

Faço uma pausa para o Tejo observar,
Num espaço guardado pelo Adamastor:
É quieto, é frouxo, já não sabe amar,
Já nem sente sequer a dor...

Oiço músicas (serão mesmo?) indecisas
Que pairam no ar com diferentes odores
E cores que se perdem – esquecidas
Num lugar de ninguém, de errantes pecadores.

2 comentários:

Liliana Silva disse...

Pecadores são aqueles que não pensam. Nem no Tejo, nem na música, nem nas pessoas à volta...
O Adamastor... monstrinho agradável esse, que paira escondido e perdido nas águas antigas e portuguesas. Como ninguém mais se aventura por lugares desconhecidos ele desistiu de lhes fazer medo. Já não há aquela insaciável busca pelo mundo desconhecido.

Poema bem citadino esse, embora ainda se encontrem seres perdidos no meio da urbanização que só precisam ser encontrados, retrata bem o que provavelmente estarias a ver. Muito bem.

Inês Bexiga disse...

Atao era este o famoso poema da famosa esplanada dakelas famosas (cof cof) coisas k contast...tá bem...lol
Podia ser pior pah! Ja pensast!?

Mas olha nao tá à altura do teu poema k tá msm mt mt bom!
Tns k m xplicar cm é k o Adamastor veio la do sul d Africa pro Tejo =P

Bju gandeee, adoro-te!
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