domingo, março 09, 2008


Prazer Efémero

Estranho-me hoje por não sentir
A ansiedade dos teus abraços
Que ouso aceitar na loucura do encanto,
Ainda que o amanhã saiba não existir.

Percorro então o estranho desejo
De saborear o enlear dos nossos corpos,
Suados de prazer e cumplicidade,
Sem apelar à razão, pois amanhã estaremos mortos.

Já na sepultura recordar-te-ei
Sem flores ou tristezas vãs,
Pois no fim comer-nos-ão os vermes
Que nos vão defecar nos infernos.

1 comentário:

Inês Bexiga disse...

brilhante!

parabéns mano! =)
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