quarta-feira, maio 07, 2008


Nas brumas do Tejo

Trago-me escondido nas brumas do Tejo
Assombrando nas luzes de uma cidade
Que dorme esquecida na saudade
Do que um dia foi, num momento distante.

Sobre mim – as estrelas que nos guiaram
Por tantos mares perdidos na história
E que agora se apagam na memória
Do que um dia foi e não voltará a ser.

Vejo no céu a vergonha de Vénus
Pela miséria de um povo mirrante,
Enquanto Baco ri triunfante
Das amarguras de um vinho mal bebido.

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