terça-feira, fevereiro 10, 2009



Um estranho

Atravessas esta estranha memória
Com esse teu gesto distraído, silencioso:
Um suspiro de palavras despidas
Largadas como folhas de Outono…

Ainda te lembras do meu nome,
Este nome que ontem perdi,
Que ontem gentilmente ofereci
A um qualquer estranho?

Não era um qualquer estranho.
Dizia não ser um qualquer humano,
Era outra coisa qualquer
Que da vida não sabe o que quer;

Foi o que me disse sem palavras
Porque as palavras são esquecidas
Quando ditas sem valor,
Quando fingidas sem pudor…

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