segunda-feira, janeiro 15, 2007


Corpos Cinzentos

Nas manhãs cinzentas e frias
Em que a luz é branca e fraca
Cobre-se um corpo de tons cinza,
Deitando-se para a morte.

A carne do Homem é fraca
Assim como a alma moribunda
Corroída pela peste que a consome,
Uma peste social e sombria…

Corpos sem cor, sem sonhos,
Vestidos pela marca da moda,
Em gestos artificiais e banais
E sorrisos de expressão vazia.

O tempo é agora um mecanismo
De corrida para apanhar o autocarro
Ou acelerar mais um pouco,
É o abandono de quem espera.

A falsa alegria da sociedade
Reduz-se ao tinir da caixa registadora
Ao receber a compra que os olhos
Tão iludidos cobiçaram.

Somos cinzentos, somos tristes
E vivemos em depressão constante!
As cores já não interessam;
A vida já se perdeu, algures…

1 comentário:

Anónimo disse...

Só te desejo que a cor perdida seja alcançada rapidamente e que logo possas sorrir com os raios do sol... Abraço! Até breve... continuas a escrever mt bem mesmo!