segunda-feira, janeiro 08, 2007


Mar Negro

Mar Negro... ó Mar Negro
Que te acercas deste Mundo;
Devorador de almas
E de sonhos perdidos
Na escuridão da noite…

Mar Negro, quem te trouxe?
Toda uma gente vaga
Que se deixa perder nas sombras
E te segue na ilusão criada
Por uma cidade fria e espelhada.

Vejo as almas moribundas
Chorar no teu vazio
(um choro de criança abandonada)
Quando a beleza retalhada
Se perde nas areias do tempo;

Vejo os grandes sorrirem,
Escondendo punhais maliciosos
Na esperança de crescer
Um pouco mais, por mais um dia,
Em cima de alguém caído no chão;

Vejo inocentes verter o sangue
Que rapidamente é consumido
Para que não deixe marcas
Nem seja lembrado no futuro.
Já nem a morte chega…

Mar Negro que o povo criou
E que agora é rei
Consumindo o seu criador,
Em gestos de loucura,
A seu belo prazer.

3 comentários:

Snow Storm disse...

Confesso que não sou grande fã de poesia! Geramente não a entendo (o que é o caso)!

Não vejo o mar como negro ou negativo... Pelo contrário. O mar é calmo, tranquilo, simpático, imenso...

Enfim... Opiniões...

Bruno Moutinho disse...

O mar negro é uma metáfora. É obvio que o mar nao é negro nem negativo.

Casemiro dos Plásticos disse...

bonito, gostei.