quarta-feira, janeiro 31, 2007

Liberdade Condicionada

Vou libertar a minha alma
Deste corpo que a aprisiona;
Soltá-la ao vento rebelde
Para que dance com ele
Numa noite de lua cheia!

E ela dançou, toda a noite,
Tocando nas folhas mortas,
Perdidas, algures, na memória…

Podia ser um momento único,
Eterno – fugitivo do tempo!
Mas não foi… Regressou,
Sendo aprisionada no despertar
Do corpo de vida passiva.

Esperou… nada … o silêncio…
A esperança perdida num
Leve e amargurado suspiro.

A noite por fim chegou
Mas a minha alma permaneceu
Imóvel e fria, decidida a ficar;
O medo da dor do regresso
Apagou a chama da liberdade…

2 comentários:

Casemiro dos Plásticos disse...

gostei:)

Lia disse...

Mesmo que prisioneira do corpo a minha tende a evadir-se sempre nem que seja por breves momentos e ser livre, sem amarras.

Adorei este teu poema assim como a imagem.
Já vi que és fã de animes e as imagens que escolhes são um complemento perfeito às tuas palavras.

Quanto à teoria da paixão, bom...
É uma teoria, mas para mim a paixão é mesmo subjectiva e só os verdadeiros poetas conseguem num extremo defini-la.

Beijinhos
Lia