terça-feira, junho 19, 2007


Noites de Lisboa

Quantas noites viveu Lisboa,
Noites de boémia e loucura
Onde gerações se cruzam
Numa mistura de cores, álcool e música?

Foram tantas que já lhes perdeu a conta
De tão embriagada que estava…

São ruas de chão negro,
Negro como a noite,
Onde se atropelam sobras
Que riem sem saber a razão,
Entre vómitos, urina e lixo
Que fermentam nas esquinas.

Já não é o fado que se canta,
Choroso ou corridinho,
De portas abertas em nostalgia lisboeta;
São outras estranhas melodias,
Mais sensuais ou agressivas
Que se expressão em movimentos corporais
Bem vestidos (ou despidos) por sinal.

São noites de desejo sagrado…

Nestas noites de pecadores
Joga-se com a loucura,
Com o excesso e com o sexo
Fugaz e sem preconceitos.

1 comentário:

Elisheba disse...

Welcome back!!!
:)

Descreveste em forma de poesia uma realidade muito triste!!Muito bem, sobrinho!!*****