quarta-feira, agosto 27, 2008

DIÁRIO DE BORDO
- ROMA -
14 de Agosto de 2008

O último dia em Roma e o comboio aguarda este corpo reduzido ao cansaço pelo encanto e enriquecimento interior, essencialmente. O primeiro impacto com Itália, numa cidade que fazia (e continua a fazer) as minhas delícias mitológicas. Uma cidade quente e abafada, onde escasseiam as brisas a que estamos habituados em Lisboa.
As pessoas (que nos recebem e servem) são extremamente simpáticas e sorriem muito. Contam histórias, elogiam o bom gosto, servem com requinte e profissionalismo, sempre atentos aos pormenores.
As ruas movimentadas, com um misto de perfumes doces, ou terra batida aromatizada. Cantamos os cheiros de Lisboa, e poderei que dizer que Roma não fica atrás.
É, sem dúvida, apaixonante. As fontes guardam promessas de amor e oferecem desejos por caridade. O glamour de bem vestir e aqueles corpos que fazem lembrar as esculturas angelicais espalhadas pela cidade.
Abundam barraquinhas que remontam a tradição de servir diversas vontades. Vestuário, lembranças, fruta fresca e exótica assim como bebidas, sandes tostadas na hora e temperadas com ervas finas. O problema são os preços. Vi através do preço da água engarrafada (a qual não gostei, passando a beber apenas gaseificada). O preço mais elevado foram 4€ por 0,5 litros de água, e o mais baixo foi 1,50€ por 1,5 litros de água fresca.
O metropolitano e as suas estações escuras diferiam um pouco consoante as linhas A ou B. A linha A, apesar das estações serem rudimentares como as da linha B, as carruagem eram mais modernas e limpas.
Visitei diversos monumentos com estilo, época ou influência diferentes e cada um com a sua particularidade de magnitude e beleza indiscutíveis. As histórias. O regresso ao passado e a preocupação que este povo tem em preservar a sua história e de marcar aqueles que a fizeram. Vi muito e, ainda assim, tão pouco. Ficou tanto por descobrir, principalmente o interior dos monumentos e museus, visto que haviam sempre filas enormes para entrar. Talvez seja melhor visitar esta cidade em época baixa para um maior aprofundamento de cultura. Fiquei com uma ideia geral, mas fascinante, de Roma.

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