segunda-feira, outubro 27, 2008



Pessoas


Colho da noite a ansiedade boémia que fermenta cá dentro. O corpo quer sentir o batimento cardíaco exterior. São centenas de faces diferentes, que se movimentam e riem, e bebem, e conversam, e divagam, e fazem coisas das quais não se orgulham na sobriedade do amanhecer tardio. E é neste antro nocturno que tenho a percepção de que me cruzei com muitas pessoas, pessoas de quem gosto muito, de quem simplesmente gosto, pessoas de ocasião, pessoas indiferentes, desinteressantes, pessoas que evito, pessoas que temo encontrar por uma questão de gestão emocional, pessoas que desconheço o nome, mas que fazem questão de recordar o meu, entre outras tantas pessoas. São muitas pessoas. Felizmente, haverá uma hora em que tudo isto deixa de ter importância, e apenas conta quem nos acompanha e aquela música que está a começar.

1 comentário:

Alexandre Philip disse...

A música começa, a euforia instala-se, começa a tomar nos como uma corrente, sentimentos apenas existem dois, o amor e o ódio. A euforia invade-nos e faz nos esqueçer o ódio. O amor toma nos como uma corrente eléctrica. Sentimo-nos grandes, sentimo-nos poderosos, vibramos com energia. Apreciamos a companhia das pessoas com quem estamos e as pessoas com quem estamos apreciam a nossa companhia! No meio de tantas faces esquecemos as que não fazem parte do nosso circulo e somos felizes, nem que seja por uma noite.